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POLÍCIA

Condenado por matar servidora do TSE a tesouradas é achado morto na Papuda

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Condenado a 24 anos de prisão pelo feminicídio da servidora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana de Melo Ferreira, Alan Fabiano Pinto de Jesus foi encontrado morto nessa segunda-feira (3/4) dentro da própria cela, no Centro de Detenção Provisória I, na Papuda. Luciana faleceu após ser atacada com 48 golpes de tesoura dentro do própiro apartamento, no Sudoeste, em dezembro de 2019.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) encaminhou ofício à Vara de Execuções Penais (VEP) em que requisita informações sobre a morte do condenado. Os deputados distritais receberam em 27 de março a informação de que Alan teria sido agredido por policiais penais ao ser transferido de ala.

De acordo com o documento, o detento teria relatado que sofreu diversas agressões físicas, ameaças e retirada injustificada de produtos de higiene. Ele ainda solicitou que fossem verificadas as câmeras internas de segurança para comprovar as violências sofridas.

A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue em aberto para eventuais manifestações.

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O crime

Alan havia sido condenado em dezembro de 2021 pelo assassinato da servidora. A Justiça considerou quatro qualificadoras contra o ex-namorado da vítima: uso de meio cruel, modo que impossibilitou defesa da vitima, motivo torpe e feminicídio.

O crime ocorreu em 21 de dezembro de 2019 e chocou a capital federal. Os peritos criminais encontraram 48 perfurações no corpo de Luciana. Vários ferimentos foram sobrepostos e se concentraram na parte cervical posterior, ou seja, a maioria dos golpes foi desferida nas costas, de forma brutal e covarde.

As investigações apontaram que Alan ficou de tocaia no quarto andar do prédio onde a ex morava, no Sudoeste. Quando Luciana percebeu a presença do ex-namorado no corredor, tentou bater a porta, mas ele a impediu com as mãos e forçou a entrada no apartamento.

O assassino chegou a confessar o crime e disse que foi ao local para tentar retomar o relacionamento com a vítima, mas a mulher não quis ouvi-lo.

As mesmas câmeras que flagraram a invasão de Alan também registraram o instante em que ele deixa o local. Vestido com uma calça vermelha, camisa de capuz e com a bolsa da vítima na mão, o assassino desceu os degraus silenciosamente, com cuidado, para não ser visto.

Em determinado momento, apressa o passo e deixa o prédio. Os investigadores acreditam que a intenção de carregar consigo os pertences de Luciana era para simular um latrocínio (roubo com morte).

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