POLÍCIA
Corpo de bebê de quatro meses pode ser exumado; ‘só assim saberemos o que aconteceu’, diz delegado
O corpo da pequena Thamires Vitória Silva dos Santos, que morreu aos quatro meses, pode ser exumado a pedido da Polícia Civil de Três Lagoas (MS), cidade a 338 quilômetros de Campo Grande.
Ao g1MS, a família alega que a bebê foi encontrada sem batimentos cardíacos e com sangue na boca na hora em seria amamentada, de madrugada, mas não foram feitos exames adequados para identificar a causa da morte.
O titular da 3ª delegacia de polícia civil de Três Lagoas, Orlando Vicente Sacchi, explicou que a família da bebê registrou um boletim de ocorrência para investigar a causa da morte da criança. Como a bebê já foi sepultada, e não foram feitos exames adequados para identificar o que motivou a morte, a exumação será necessária.
“Esse caso tem muitas dúvidas, a polícia vai encaminhar um ofício para o Judiciário pedindo a exumação do cadáver, só assim poderemos saber o que de fato aconteceu. A família da criança também precisa autorizar”, disse ao g1.
De acordo com o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que examinou o corpo da vítima, não foram identificados sinais de violência. A Polícia Civil em Três Lagoas informou que mantém as investigações e que os laudos que devem atestar a real causa da morte devem sair em 30 dias.
Causa da morte ‘indeterminada’
O pai da bebê, Ronaldo dos Santos, de 49 anos, relatou que a mãe foi até a bebê para amamentar durante a madrugada de sexta-feira (28), por volta das 3h, quando viu a pequena Thamires sangrando pela boca e pelo nariz e desacordada. “A minha filha sempre foi uma bebê alegre e saudável, ninguém sabe o que aconteceu”, lamentou.
Desesperados, os pais tentaram reanimá-la, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pediram ajuda aos vizinhos. Thamires foi levada para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima, onde foi constatado a morte.
Ronaldo contou que o corpo da criança foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que é administrado pela prefeitura da cidade, mas devido a falta de equipamentos, não foi realizada a necropsia ou outros exames para investigar a causa da morte.
A mãe da criança não se sente preparada para falar sobre a perda da filha caçula, o pai relatou que ela está morando na casa de familiares. “Ela não consegue ver as coisas da Thamires, chora o dia todo. Ninguém espera perder uma filha, ela está sobrevivendo à base de calmantes”, relatou.
Em nota, a Prefeitura de Três Lagoas informou que aguarda os laudos periciais que indicarão a causa da morte da bebê e que providências serão tomadas após o resultado.