Uma vizinha que mora no local desde 2018 contou à emissora inglesa que se lembra claramente do dia em que a polícia arrombou a porta do apartamento em frente ao dela. “Assim que a porta foi aberta, eu sabia que algo ruim havia acontecido. Era possível ver isso nos rostos dos policiais”, disse uma das vizinhas.
Sob o nome fictício de Chantel, a mulher que residia no apartamento logo abaixo do de Sheila contou que, semanas após a morte, em 2019, ela trocou as lâmpadas de casa, e, ao removê-las, larvas caíram do teto. E o problema piorou.
Apesar da reação dos policiais, para os vizinhos da mulher, era óbvio que algo estava errado há muito tempo.
“Havia larvas no quarto, na sala e no banheiro. E mais ou menos em todos os meus móveis”, lembra ela. “Você sentava no sofá e, depois de um tempo, encontrava uma larva esmagada”, diz ela. “Foi como viver em um filme de terror.”
Chantel procurou a associação habitacional que administra o prédio, mas foi informada que a entidade não lidava com larvas.
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Elas não foram as únicas a reclamarem. Outros moradores do residencial relataram que colocavam lençóis e toalhas na portas para que o cheiro não entrasse nas casas. Era evidente para todos os vizinhos que Sheila não estava mais morando no local. Sua correspondência começou a transbordar de sua caixa de correio e seu capacho — encostado em sua porta por faxineiros — nunca foi recolocado no lugar.