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POLÍCIA

“Corre”, disse mulher para filha de 5 anos ao ser atropelada pelo ex

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A filha de 5 anos da mulher atropelada três vezes pelo ex-companheiro ficou sabendo da morte da mãe nesta sexta-feira (23/8). A menina estava com Juliana Barboza Soares (foto em destaque) quando Wallison Felipe de Oliveira, 29 anos, as atropelou pela primeira vez. Segundo ela, ainda no chão, Juliana pediu que a filha corresse.

O pai da menina, Antônio Adonel, junto a uma equipe de médicos e psicólogos foram os responsáveis por contar à criança sobre o ocorrido. “Ela relatou para mim e para os médicos o que a Juliana disse quando foi atingida pela primeira vez. ‘Minha mãe falou para mim: minha hora chegou, corre minha filha’”, disse Antônio, que é ex-marido de Juliana e pai da menina, ao Metrópoles.

Ele contou, ainda, que a criança chorou muito e pediu para visitar o túmulo da mãe. “Ela ficou lamentando, dizendo que não iria ver a mãe nunca mais”.

A menina segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital de Base. A mãe de Juliana, Maria do Socorro Barboza Soares, 60, também foi atropelada. Com as duas pernas quebradas e um coágulo cerebral, ela segue internada no Hospital Regional do Gama.

Atropelada 3 vezes

Juliana foi morta na Quadra 3 do Setor Sul do Gama, após comemorar o aniversário de 34 anos. Wallison teria ficado irritado por não ter sido convidado para a festa e teria ido até ela tirar satisfação. Os dois chegaram a conversar.

No fim da noite, Wallison atropelou a ex-companheira, a mãe e a filha dela. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele vê as vítimas caminharem pela rua. Pouco depois, ele sobe com o carro no meio-fio e as atropela.

Depois de atingir o trio, o motorista volta e passa por cima de Juliana mais uma vez. Minutos depois, enquanto testemunhas prestam socorro às vítimas, Wallison volta com o Toyota Corolla e acerta a ex pela terceira e última vez antes de fugir.

Wallison foi preso por agentes da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), na manhã dessa quarta (21/8). Segundo a Polícia Militar do DF (PMDF), o suspeito tinha em casa, uma pistola e uma espingarda calibre 22, e estaria portando a pistola no dia do crime.

As armas foram apreendidas e o certificado CAC de Wallison, suspenso. Ele segue preso temporariamente e é investigado por feminicídio e duas tentativas de homicídio.

 

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