São Paulo – O delegado Marcus Vinicius Reis, titular do 34º DP, disse que o adolescente que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, foi “frio” em seu depoimento. O ataque ocorreu na manhã desta segunda-feira (27/3).
O estudante afirmou em depoimento à polícia ter planejado o atentado por dois anos, inspirado nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.
Em depoimento prestado na tarde desta segunda, na presença dos pais, o estudante afirmou que sentia tristeza “há muitos anos” e que há aproximadamente dois anos ele passou a ter ideias “de se vingar” com o intuito de “acabar com toda a angústia que sentia.”
Transferência
Depois de passar quase 10 horas no DP, o agressor foi levado no final da tarde desta segunda à Vara da Infância. Segundo a polícia, o agressor de 13 anos vai passar ainda pelo Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, e depois será levado para uma unidade da Fundação Casa.
O estudante desferiu ao menos 10 facadas na professora Elisabeth Tenreiro, 71 anos. Ela foi levada ao Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, mas, como apresentava quadro clínico muito grave, não resistiu e morreu.
Ataque
O ataque ocorreu por volta das 7h20, de acordo com a Polícia Militar. O adolescente feriu as vítimas logo após a abertura dos portões da escola. Ele entrou em duas salas de aula, com a faca em mãos e usando uma máscara de caveira, e golpeou pelo menos dez vezes uma das professoras pelas costas, matando-a.
Pais e alunos relataram a briga que teria dado origem ao ataque. Maria José Fernandes, mãe de uma estudante de 13 anos da escola, disse que o rapaz que atacou a instituição de ensino tinha brigado com outro aluno na semana passada.
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