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POLÍCIA

Delgatti aponta outro hacker como responsável por inserir alvarás de soltura, diz PF

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Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal (PF) CNN/Reprodução

Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal (PF) pela terceira vez, apontou outra pessoa como responsável por inserir alvarás de soltura de presos do sistema penitenciário brasileiro.

Delgatti confirmou, em depoimento à PF, que acessou o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) e a inserção do falso mandado de prisão em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

No entanto, sobre os dez alvarás de soltura de pessoas presas feitos em janeiro, Delgatti, também chamado de “Vermelho”, informou que a fraude foi feita por Thiago Eliezer Martins Santos, outro hacker que já foi preso em 2019 na operação Spoofing, a mesma em que Delgatti foi detido pela primeira vez após hackear autoridades brasileiras.

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“Walter Delgatti Neto/ Vermelho, apesar de ter admitido a autoria da invasão ao sistema informático do Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça -BNMP/CNJ e a inserção do falso mandado de prisão em desfavor do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, negou a expedição dos dez alvarás/ordens de soltura em favor de internos do sistema prisional brasileiro, tendo apontado Thiago Eliezer Martins Santos (programador preso na operação SPOOFING), como o provável autor dos fatos”, diz a PF no relatório enviado ao STF.

No depoimento, Delgatti diz que compartilhou a senha de acesso ao CNJ com Santos. “(…) QUE o declarante apenas compartilhou a senha com Thiago Eliezer Martins Santos, que foi preso com o declarante na ‘Operação Spoofing; QUE o declarante comentou com THIAGO que havia invadido o CN], mas o mesmo não acreditou, tendo o declarante, então, compartilhado a senha com o mesmo para provar o que tinha feito; QUE pode ver o IP do computador do declarante, ressaltando que de forma alguma emitiu Alvarás de Soltura …’.

Com base nas afirmações de Delgatti, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão contra o hacker apontado por ele nesta quarta-feira em dois endereços do Distrito Federal, sendo em apartamentos na Asa Norte e em Águas Claras. Documentos e aparelhos eletrônicos foram apreendidos.

Na mesma operação, batizada de 3FA, os policiais prenderam Delgatti preventivamente, em São Paulo, e cumpriram mandados de busca nos endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A PF suspeita que a parlamentar tenha o contratado para incluir documentos no sistema judicial e possivelmente interferir em urnas eletrônicas através do código-fonte.

A PF encontrou pagamentos de dois assessores de Zambelli ao hacker Walter Delgatti de forma fracionada. Em coletiva de imprensa hoje, a deputada informou que os pagamentos foram por trabalhos feitos no site da parlamentar e nega qualquer relação com Delgatti.

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