O protesto ocorreu em frente ao prédio do 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP), localizado no bairro Nossa Senhora das Graças, e reuniu pais e familiares das crianças.
Em nota, a defesa da fisioterapeuta disse que a manifestação é assegurada pela Constituição Federal, que também garante ninguém será considerado culpado até o julgamento da Justiça. Os advogados também ressaltaram que não há, até o presente momento, ação penal em curso e que a prisão preventiva é incabível no caso em questão.
O caso foi denunciado no dia 17 de julho, após a mãe de uma criança procurar a polícia. Em depoimento, ela contou que o filho realizava tratamento de terapia ocupacional desde fevereiro deste ano. No dia 1º de julho, o pai da criança foi até a clínica buscar o filho e questionou como havia sido a sessão. A vítima contou que a fisioterapeuta havia “batido em sua cabeça”.
Já no dia 19 de julho, a família teve acesso às filmagens de todas as sessões da criança, onde foi possível identificar as agressões da fisioterapeuta contra o menino. Além disso, a fisioterapeuta deixava a vítima sozinha sozinha em uma mesa, enquanto ficava no celular, diz o documento da polícia.
De acordo com a mãe, o filho iniciou a terapia ocupacional em março deste ano e tinha duas sessões por semana. Ao todo, ele foi atendido pela clínica por cerca de 4 meses.
“Senti uma angústia gigantesca desde o primeiro vídeo e segui chorando do início ao fim, pois vi claramente que ela não realizava nenhum tipo de intervenção terapêutica com ele… E quando assisti à primeira agressão, não aguentei e parei de assistir”, lembrou a mãe.
No início da semana, a fisioterapeuta foi indiciada por maus-tratos. Em depoimento, Samia Patricia Riatto Watanabe negou as acusações.
No entanto, a delegada Juliana Tuma, titular do 22º DIP, informou que além da denúncia inicial, outras duas foram registradas nesta semana. As partes envolvidas foram chamadas para esclarecimentos. O Inquérito Policial foi concluído e remetido à Justiça.