POLÍCIA
Em região isolada, Harpia 3 leva socorro a criança indígena gravemente enferma

No coração da Amazônia, um drama silencioso se desenrolava. Uma criança indígena de apenas dois anos lutava contra complicações respiratórias graves, em uma aldeia isolada às margens do Rio Humaitá, no município de Tarauacá, Acre. O acesso a ajuda médica era um desafio monumental; a viagem fluvial até a cidade mais próxima levaria dias, navegando pelos sinuosos rios Humaitá, Mutum e Tarauacá. O tempo, contudo, era um inimigo implacável.
Foi nesse cenário de urgência que o Helicóptero Harpia 3, do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), se tornou um raio de esperança. Em uma operação conjunta com a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), a aeronave decolou, levando consigo uma equipe médica especializada: um médico e um enfermeiro, prontos para enfrentar a jornada.
A missão, que poderia ter durado dias por via fluvial, foi concluída em apenas duas horas graças à agilidade e eficiência do Ciopaer. Sobrevoando a densa floresta amazônica, o Harpia 3 alcançou a Aldeia São Luiz, próxima à região do Jordão, um local de difícil acesso, onde a natureza impõe seus limites.
Na aldeia, a equipe médica prestou os primeiros socorros à criança, estabilizando seu estado delicado antes do retorno para o hospital. O voo de volta, tão crucial quanto a chegada, carregava não apenas uma criança, mas também a esperança de recuperação e a demonstração de que mesmo nos lugares mais remotos, a ajuda pode chegar a tempo, graças à tecnologia, à coragem e à dedicação de profissionais comprometidos com a vida. A história do resgate da criança indígena se torna um símbolo da resiliência humana e da importância da integração entre diferentes órgãos para salvar vidas em situações extremas. A rapidez da ação do Ciopaer foi fundamental, representando um triunfo contra o tempo e a distância, garantindo uma chance de sobrevivência para uma pequena vida na vasta e desafiadora floresta amazônica.
