POLÍCIA
Empresário provoca acidente, mata um e abandona Porsche de R$ 1 milhão
O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, sumiu após se envolver em um acidente, na madrugada deste domingo (31/3), após colidir seu carro de luxo, avaliado em mais de R$ 1 milhão, na traseira de outro veículo, cujo motorista morreu.
Segundo testemunhas, Fernando seguia em alta velocidade pela Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. Eram cerca de 2h20 quando o empresário fez uma ultrapassagem, em alta velocidade, e colidiu seu Porshe, modelo 2023, contra a traseira do Renault Sandero de Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.
As circunstâncias do acidente são investigadas pela Polícia Civil, que já identificou a existência de ao menos duas câmeras que podem ter registrado o caso. Os equipamentos, porém, estão instalados em comércios, fechados neste domingo.
Por causa da alta velocidade, a traseira do veículo da vítima ficou completamente destruída, da mesma forma que dianteira do carro de luxo, avaliado em cerca de R$ 1 milhão, que foi abandonado no local.
Ornaldo foi levado para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde chegou com quadro de parada cardiorrespiratória. A equipe médica tentou reanimá-lo, mas sem sucesso. Ele morreu por causa de “traumatismos múltiplos”, ainda “não especificados”, segundo registros da Polícia Civil. O Metrópoles apurou que Ornaldo era casado e deixa três filhos.
O passageiro que estava com o empresário, identificado como Marcus Vinícius, foi levado para outro hospital, também no Tatuapé. Ele seguia internado, até a publicação desta reportagem. Seu estado de saúde não foi informado.
Mãe ajudou filho
A mãe do empresário, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, de 45 anos, foi até o local do acidente e teria afirmado à PM que iria levar o filho ao Hospital São Luiz Ibirapuera, “devido ao leve ferimento” sofrido por ele na boca.
Os policiais militares foram ao hospital indicado pela mulher, com o intuito de realizar o teste do bafômetro. Na recepção, porém, foram informados que Fernando não havia dado entrada em “qualquer hospital” da rede São Luiz.
O empresário, a mãe e o advogado dele foram procurados pelos policiais, via telefone, mas segundo registros oficiais, “as ligações não foram atendidas”.
Da mesma forma que a polícia, o Metrópoles não conseguiu entrar em contato com o suspeito ou sua defesa. O espaço segue aberto para manifestações.
O caso foi registrado, por ora, como homicídio culposo (sem intenção de matar), lesão corporal e fuga de local de acidente.