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POLÍCIA

Escândalo em Boca do Acre: Médico e PM acusados de enriquecimento ilícito e desvio de recursos

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O Ministério Público do Amazonas (MPAM) deu um passo crucial na investigação de um caso de corrupção que envolve um médico e um policial militar em Boca do Acre. A Promotoria de Justiça da cidade ingressou com uma ação de improbidade administrativa contra Marx Maciel Pena, ex-policial militar e médico, e Francisco Bruno Almeida Furtado, comandante da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (5ª CIPM), acusando-os de enriquecimento ilícito e desvio de recursos públicos.

A investigação revelou um esquema que resultou em um prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Marx Pena, que acumulava os cargos de cabo da PM e médico, recebeu R$ 170.428,02 de forma irregular entre 2020 e 2021, com uma média salarial mensal de R$ 31.754,06, apesar de não cumprir seus deveres como médico e policial. Em alguns períodos, como entre abril e agosto de 2020, ele sequer registrou qualquer tipo de prestação de serviço.

Francisco Bruno Almeida Furtado, comandante da 5ª CIPM, é acusado de facilitar a conduta irregular de Marx Pena, omitiu-se em relação às infrações cometidas pelo médico, incluindo a criação de escalas de trabalho falsas. Furtado também é investigado em outro inquérito e na Operação Joeira, deflagrada na semana passada.

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O MPAM pede a condenação dos réus com base na Lei de Improbidade Administrativa, com a restituição integral dos danos causados, perda de função pública, suspensão dos direitos políticos e o pagamento de R$ 85 mil por dano moral coletivo. O promotor Marcos Patrick Sena Leite ressalta que o valor visa reparar a descredibilização da Polícia Militar e a resposta à sociedade frente aos desvios de conduta.

O caso em Boca do Acre demonstra a necessidade de uma investigação rigorosa e punição exemplar para aqueles que se aproveitam do cargo público para fins ilícitos. A sociedade espera que a justiça seja feita e que os responsáveis por esse desvio de recursos sejam responsabilizados por seus atos.

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