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POLÍCIA

‘Estarrecedor e absolutamente inadmissível’, diz MP sobre PM flagrado jogando homem de ponte em SP

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Policial Militar foi flagrado jogando homem de ponte em São Paulo Foto: Reprodução

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) classificou como “estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis” as imagens que mostram um policial militar atirando um homem de uma ponte nesta segunda-feira, 2. O episódio gerou revolta e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que o caso será investigado e “rigorosamente punido”.

Nesta terça-feira, 3, o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, divulgou uma nota oficial condenando a atitude dos agentes envolvidos. Segundo ele, o vídeo mostra que o suspeito já estava rendido e sob controle dos policiais. “Os agentes tinham o dever funcional de conduzi-lo, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada”, afirmou o procurador-geral.

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Ele também afirmou que a atitude do policial violou gravemente os princípios legais que regem a atuação das forças de segurança pública. “Somente dentro dos limites da lei se faz segurança pública, nunca fora deles”, declarou. A nota reforça que o episódio, em vez de trazer tranquilidade à população, acentuou o distanciamento em relação à paz social.

O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) foi acionado para atuar no caso em conjunto com o promotor natural responsável. A Procuradoria-Geral de Justiça prometeu “esforços no sentido de punir exemplarmente, ao fim da persecução penal, os responsáveis por uma intervenção policial que está muito longe de tranquilizar a população”.

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Confira a nota na íntegra:

“Estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis! Não há outra forma de classificar as imagens do momento no qual um policial militar atira um homem do alto de uma ponte, nesta segunda-feira. Pelo registro divulgado pela imprensa, fica evidente que o suspeito já estava dominado pelos agentes de segurança, que tinham o dever funcional de conduzi-lo, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada. Somente dentro dos limites da lei se faz segurança pública, nunca fora deles. Assim, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinará, ainda nesta terça-feira (3/12), que o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) associe-se ao promotor natural do caso para que o MPSP envide todos os esforços no sentido de punir exemplarmente, ao fim da persecução penal, os responsáveis por uma intervenção policial que está muito longe de tranquilizar a população. Pelo contrário. Os episódios recorrentes de descumprimento dos comandos legais por parte de alguns agentes públicos nos deixam mais longe da tão almejada paz social, em favor da qual o Ministério Público, dentro de sua atribuição de exercer o controle externo da atividade policial, continuará atuando de maneira inequívoca, cobrando das autoridades a observância dos preceitos da Constituição Federal.”

 

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