Feminicídio: Caseiro é condenado a mais de 16 anos de prisão no Acre

Na última sexta-feira, Mateus Lima de Sousa, o caseiro acusado do trágico assassinato de sua namorada, Lauane do Nascimento Melo, foi sentenciado a mais de 16 anos de prisão em regime fechado. O veredicto foi proferido durante um júri popular na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), marcando um passo significativo em busca de justiça para a vítima.

O crime hediondo, classificado como feminicídio, foi agravado pelas circunstâncias brutais: motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e violência doméstica. O promotor de justiça Eflain Mendonça ressaltou a natureza premeditada do crime, enfatizando que o réu mirou intencionalmente Lauane, disparando fatalmente contra ela a curta distância.

Após um julgamento meticuloso, o Tribunal do Júri determinou a pena de 16 anos e 6 meses de reclusão para o acusado. Além disso, foi negado a Mateus Sousa o direito de apelar da sentença em liberdade, reafirmando a gravidade e o impacto devastador do ato cometido.

O trágico incidente ocorreu em uma chácara próxima ao Complexo Prisional de Rio Branco, onde a jovem Lauane encontrou seu destino fatídico em 21 de julho do ano passado. O réu alegou que o disparo foi um acidente, porém, relatos da família da vítima indicam ameaças prévias de morte por parte do acusado. Em dezembro de 2023, o Ministério Público do Acre (MP-AC) formalizou a denúncia contra Mateus Sousa, que desde então permanece detido no Complexo Prisional de Rio Branco.

A condenação do caseiro por feminicídio não apenas busca reparar a perda irreparável de uma vida jovem e promissora, mas também serve como um lembrete contundente de que a violência doméstica e o feminicídio não serão tolerados pela sociedade.