Natielly foi detida em 15 de setembro, em Cacoal (RO). Duas semanas depois, ela teve um pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça. A prisão da suspeita ocorreu durante a deflagração da operação Carga Prensada. A ação da Polícia Federal visava levantar provas contra uma uma organização criminosa que enviava grandes quantidades de cocaína de Rondônia a outros estados brasileiros. Durante a fase sigilosa da investigação, que teve início no final de 2019, mais de 2,5 toneladas de drogas foram apreendidas.
A decisão do juiz Adriano Lima Toldo, da 2ª Vara Criminal de Vilhena, menciona que Natielly teria cedido seu nome para “a realização de transações financeiras envolvendo dinheiro vinculado, em tese, ao comércio de drogas do grupo criminoso”.
Natielly atuaria, sobretudo, na lavagem do dinheiro obtido por seu companheiro, também apontado como integrante da quadrilha. Ela tinha relação estável com Tiago Jaques, que está preso por tráfico de drogas.
O magistrado cita, na decisão, que um extrato bancário da conta de Natielly foi apreendido na casa da suspeita. Nele, constam movimentações financeiras de Natielly com um outro integrante da quadrilha, que é investigado por lavagem de dinheiro por meio de transações de veículos.
Toldo também aponta o recebimento de “quantia milionária proveniente de uma tia sob transação suspeita”, além do repasse de 20% desse valor para a conta de um outro investigado. O montante seria para o pagamento da droga apreendida quando Jaques foi preso em flagrante, em 24 de março deste ano.