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POLÍCIA

Galerista Brent Sikkema criticou ex-marido em mensagem antes de ser morto no Rio

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O galerista norte-americano Brent Sikkema criticou o ex-marido cubano, Daniel Carrera, por alegadamente impedir o seu convívio com o filho. A mensagem foi enviada para um amigo através do WhatsApp horas antes da morte do americano no Rio de Janeiro. As informações foram reveladas pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Na mensagem, o galerista explicou que um tribunal dos Estados Unidos concedeu a custódia do filho, de 13 anos, ao ex-marido. Ele mencionou que a Justiça reservou um tempo considerável para que ele pudesse conviver com o filho. Apesar de concordar com a decisão judicial, Brent acusou o ex-marido de impedir o contato dele com o adolescente, alegando que Daniel “fazia de tudo para impedir” que o filho o visse.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que o galerista e seu ex-marido, que ficaram juntos por 15 anos, estavam enfrentando uma separação tumultuada, envolvendo disputas por um divórcio milionário e pela guarda do filho.

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Daniel, por sua vez, compartilhou uma foto ao lado do ex-marido nas redes sociais e lamentou a sua morte. “Descanse em paz. Nosso filho e eu sempre lembraremos de você”; e “Guardaremos para sempre as lembranças dos nossos momentos felizes”, escreveu.

A principal linha de investigação é que Brent Sikkema foi vítima de latrocínio — roubo seguido de morte. Segundo a polícia, o suspeito levou R$ 30 mil em reais e outros 30 mil em dólares (aproximadamente R$ 150 mil), além de um cordão de ouro.

Entenda o caso

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do norte-americano Brent Fay Sikkema, de 75 anos, encontrado sem vida em sua casa na zona sul da capital fluminense. A vítima era sócio-proprietária da famosa galeria de arte Sikkema Jenkins & Co, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Segundo a investigação, o corpo de Sikkema tinha sinais de perfuração por arma branca.

Ao Terra, a Polícia Civil confirmou que o corpo do galerista foi encontrado na noite de segunda-feira, 15, em sua casa na Rua Abreu Fialho, no Jardim Botânico. As autoridades foram notificadas após a advogada dele no Brasil, Simone Nunes, não conseguir contato com o galerista. Como tinha uma chave, Simone foi até o imóvel de Sikkema, onde o encontrou, já sem vida, em uma cama.

A advogada contatou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que, após constatar o óbito, acionou a Polícia Militar. O caso, então, passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que solicitou perícia no imóvel. A Polícia Civil informou que ouvirá testemunhas e realiza diligências.

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Imagens de câmeras de segurança

Na noite de terça-feira, 16, imagens de câmeras de monitoramento da casa de Sikkema foram divulgadas. Nos registros, é possível ver um homem saindo de um carro na frente da casa do galerista, na madrugada de domingo, 14. Ele entra por volta de 3h43 e deixa o local pouco depois, às 3h57. Ainda é possível ver o homem tirando um par de luvas das mãos após deixar a casa da vítima. As imagens foram divulgadas pelo RJ2, da TV Globo.

Quem era a vítima

Brent Fay Sikkema era um dos proprietários da Sikkema Jenkins & CO, uma galeria de arte localizada em Nova York. Casado e pai de um filho, começou a trabalhar com curadoria de arte em 1971 como diretor de exibições de uma oficina em Rochester. Também atuou como diretor da Vision Gallery, em Boston, entre 1976 e 1980, quando adquiriu o espaço.

O galerista, então, se mudou para Nova Iorque em 1991 e fundou uma galeria de arte contemporânea no bairro Soho, a Wooster Gardens. O espaço foi transferido para o distrito artístico de Chelsea em 1999 e, poucos anos depois, Brent se associou a Michael Jenkins. Assim, a galeria foi rebatizada para Sikkema Jenkins & CO.

No site da galeria, o espaço é apresentado como um centro para a exposição de obras como pinturas, desenhos, instalações fotográficas e esculturas. Por lá, passaram artistas renomados como Jeffrey Gibson, Arturo Herrera, Sheila Hicks e o brasileiro Vik Muniz, entre outros, além de talentos emergentes.

 

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