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RIO BRANCO
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POLÍCIA

Grávida de 9 meses passa mais de 24h em uma cadeira na maternidade de Rio Branco por falta de leito

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A jovem Keiliane Lima Santana, 22 anos, moradora da zona rural, na região do projeto Moreno Maia, viu um momento mágico, o nascimento de um filho, se transformar em um pesadelo. Ela passou mais de 24 horas em uma cadeira e andando pelos corredores da maternidade Bárbara Heliodora, na capital Rio Branco.

Segundo a família, Keiliane e seu esposo foram levados à maternidade por parentes às 19h da última sexta-feira, 29. Porém, até as 21h do sábado, 30, a gestante, de nove meses, ainda não havia sido colocada em um leito para se preparar e dar à luz.

Ainda na sexta-feira, a mulher passou pela classificação de risco e, cerca de uma hora depois, foi chamada por uma médica para realizar o exame de toque. Foi constatado que ela já estava com 4 centímetros de dilatação. No entanto, Keiliane foi informada de que não havia leito disponível para interná-la.

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“Foi aí que o médico disse que não tinha leito para colocar ela para dentro e que ela teria que ficar lá fora esperando uma vaga. Depois disso, ela ficou lá na frente esperando”, relatou o acompanhante da grávida.

Segundo a família, enquanto aguardava do lado de fora da maternidade e sentia fortes dores, Keiliane procurou novamente o médico.

“De novo, sentindo muita dor, ela foi atrás de um médico. As enfermeiras de plantão falaram que o médico já tinha ido embora. Ela passou a noite toda sem médico. Pela manhã, o esposo foi novamente atrás de ajuda e foi informado de que o médico ainda não tinha chegado. Só às 10h da manhã um médico apareceu, olhou ela novamente e disse que ela tinha que continuar esperando por um leito. Informou ainda que ela não podia voltar para casa, pois, no sistema, constava como internada. Mas, na prática, ela não tinha leito. Ela passou o dia todo sem comer, sem tomar banho, cansada e com dor”, relataram os familiares.

Diante da situação, a família procurou mais uma vez uma solução, mas foram orientados a procurar a auditoria ou a gerência, já que a equipe de plantão não poderia fazer nada.

No desespero, os parentes ameaçaram chamar a imprensa, momento em que a segurança da unidade foi acionada para intimidar a família.

Sem outra alternativa, a família decidiu retirar Keiliane por conta própria e levá-la ao hospital Santa Juliana. Keiliane, que espera o segundo filho, disse nunca ter passado por uma situação tão constrangedora e humilhante como essa.

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A cunhada da gestante gravou um vídeo na recepção da maternidade, mas nenhum argumento da família foi suficiente para garantir um leito. Segundo os familiares, essa não é uma situação isolada. Já houve casos de mulheres dando à luz no banheiro, em cadeiras e em outros locais inapropriados dentro da unidade.

Devido o final de semana, o espaço fica aberto caso a Secretária de Estado de Saúde (Sesacre) se manifeste sobre o caso.

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