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POLÍCIA

Homem detido com fuzil no Lago Sul é filho de falso advogado

Publicado em

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deteve, na QI 19 do Lago Sul, um homem com fuzil e munições, flagrado por volta das 19h dessa quarta-feira (22/5). A coluna Na Mira apurou que o suspeito se trata do filho do falso advogado Ruy Rodrigues (foto em destaque), Ruy Rodrigues Neto. O pai do detido possui uma extensa lista de vítimas pelo Distrito Federal e “presidente” do Banco Agro, uma instituição financeira ilegítima criada para enganar clientes que acreditavam fazer bons negócios.

Segundo Ruy, ele estaria auxiliando amigos com uma mudança e, no caminhão, a PMDF encontrou um fuzil T4 calibre 5.56mm e 875 munições intactas, de calibres diversos: 25 de calibre 12; 750 cartuchos 9mm; e 100 cartuchos 5.56. O filho do falso advogado levado para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

Falso advogado enganou empresários, fazendeiros e até ex-secretário

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Além das armas e munições, havia no veículo itens como cadeiras, mesa, além de um cofre, onde estava o fuzil.

Quando encontraram o fuzil dentro do cofre, os policiais questionaram o suspeito sobre os documentos de registro da arma. Segundo a ocorrência, Ruy Neto informou que não tinha conhecimento sobre o paradeiro dos documentos. Já na delegacia, um advogado apresentou o registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) do falso advogado – pai do homem detido. Porém, em momento algum foi apresentado o Guia de Tráfego da arma em questão.

Processos anteriores

Há um mês, o Metrópoles revelou que o pai de Ruy, que compartilha o nome com o filho, estava por trás do Banco Agro. Com sede na Asa Sul, a instituição financeira ainda tinha três filiais pelo país.

Muito antes disso, Ruy já respondia a processos e era investigado por estelionato, devido a golpes aplicados por meio de outras empresas. Com promessas de retornos financeiros em investimentos, clientes confiaram carros, casas e até fazendas para ter lucros com o Banco Agro, mas acabaram afundadas em dívidas.

De lábia afiada, Ruy teria arrancado dinheiro de empresários, fazendeiros, servidores públicos e fez até um secretário do Governo do Distrito Federal (GDF) gravar um vídeo em que parabenizava as iniciativas do banco.

As falcatruas da instituição financeira vieram à tona após uma reportagem do UOL sobre o tema, que detalhou o modus operandi do suposto estelionatário. Na capital do país, Ruy respondia a ao menos 13 processos, inclusive decorrentes de inquéritos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por estelionato.

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Ele costumava se apresentar às vítimas como advogado, mas não tinha cadastro junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e também se tornou investigado por exercício ilegal da profissão.

À época das publicações, a reportagem tentou contato com Ruy pelos telefones disponíveis no boletim de ocorrência, por e-mail que constavam em processos e pelo celular do advogado dele – disponível no site da OAB –, mas não teve resposta.

A coluna também questionou o Banco Agro, mas não teve retorno. Contudo, em 18 de abril, a instituição publicou uma nota em que informou não se tratar de uma empresa falsa e negou haver qualquer tipo de ingerência na administração.

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