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POLÍCIA

Homem perde 15 mil em ‘golpe do presente’ no litoral de São Paulo

Publicado em

Suspeito se passou por motoboy para aplicar golpe Foto: Aquivo pessoal/Feliphe Barros de Andrade

Um morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi vítima do ‘golpe do presente’ e perdeu R$ 15 mil. O suspeito, que se passou por entregador, foi até a casa dele dizendo que tinha um presente da empresa na qual a vítima trabalha e que ele precisaria pagar o frete. Na tentativa de pagar, seu cartão foi clonado. O caso é investigado pela Polícia.

Ao Terra, o coordenador de falta de avarias Feliphe Barros de Andrade, de 40 anos, contou que não desconfiou que era um golpe, pois a empresa manda todo ano algum presente. Além disso, ele está de férias e licença paternidade, pois sua filha acabou de nascer.

O suspeito apareceu de moto em sua casa, e buzinou. “Ele falou o meu nome completo, e o nome da empresa que eu trabalho. […] Achei que a empresa tinha mandado alguma coisa, pelo fato da minha filhinha ter nascido”, explica.

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No momento do recebimento, o falso motoboy informou que ele teria que pagar o frete de R$ 4,80. Inicialmente, ele pegou o celular para pagar o valor com a carteira digital, no débito, mas o criminoso disse que a função de aproximação não estava funcionando. Então, ele pegou o cartão de crédito para fazer o pagamento.

A vítima relata que colocou o cartão em duas maquininhas, sob a alegação de que não estava funcionando a transação. Em nenhuma das vezes, ele digitou a senha. “Ele ficou meio nervoso, e foi aí que meu sogro meio que desconfiou. Aí ele [criminoso] falou que a empresa pagaria”, afirma.

Feliphe perdeu R$ 15 mil em 'golpe do presente'
Feliphe perdeu R$ 15 mil em ‘golpe do presente’

Foto: Arquivo pessoal/Feliphe Barros de Andrade

O motoboy foi embora, e Feliphe descobriu que havia sido vítima de um golpe. Em seu celular, recebeu três notificações: duas compras aprovadas, sendo uma de R$ 9.999,99 e outra de R$ 5.000, além de uma cancelada de R$ 4.000.

Em seguida, ele entrou em contato com a XP, empresa do cartão bancário dele. A empresa abriu a contestação, e a vítima registrou o boletim eletrônico do caso. Agora, ele espera que o valor seja estornado na sua fatura.

“A gente sabe que tem reconhecimento e pensa que nunca vai acontecer com a gente, ou se acontecer, a gente vai se ligar. Mas eles foram muito articulosos. Ele falou o meu nome, o nome da empresa, perguntou até de um outro funcionário. Eles vão no momento certo, mais vulnerável”, desabafa.

Terra pediu um posicionamento da XP Investimento a respeito do caso, mas a empresa afirmou que não vai comentar o caso.

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