POLÍCIA
Homem que fez mulher refém em quarto de hotel diz que se sentiu ameaçado pelo marido da vítima
Jozimar Boone, de 35 anos, é o nome do homem responsável por mobilizar um grande aparato policial após fazer uma mulher de refém por quase duas horas. O crime aconteceu na manhã de sexta-feira, 25, no Hotel Central, localizado na Rua Epaminondas Jácome, no centro de Rio Branco.
A equipe de reportagem do AcreNews teve acesso com exclusividade ao depoimento do acusado que, inicialmente, teve o nome divulgado como Jozimar Pontes. Morador da Vila Extrema, em Rondônia, Jozimar declarou em interrogatório que estava há 15 dias em Rio Branco. Ele veio à Capital do Acre resolver assuntos bancários.
Na noite de quinta-feira, 24, Jozimar saiu na companhia de um mototaxista para tomar cerveja em um bar, que não soube precisar o nome. Durante a madrugada ele teria pedido ao profissional para chamar algumas “meninas” para ir para o hotel. O mototaxista chamou a própria esposa e um conhecido.
No quarto, Jozimar teria ingerido bebida alcoólica e utilizado entorpecente na companhia da mulher, mas ele teria se sentido ameaçado pelos presentes e, por isso, sacou a arma. “Eu queria sair de lá com segurança, por isso, mantive ela [a esposa do mototaxista] no banheiro”, relatou o acusado em um dos trechos do depoimento.
Jozimar falou também que pensou que seria alvo de uma armação, já que teria R$ 40 mil no banco, dinheiro oriundo da venda de uma caminhonete.
A negociação de policiais militares com o acusado durou quase duas horas e um grande aparato, inclusive do BOPE, foi mobilizado. O acusado só resolveu se entregar após falar por telefone com os filhos e a esposa, que estão fora do Estado. A ligação foi feita pelo Tenente França, do BOPE.
Na sede da Delegacia de Flagrantes, Jozimar Boone foi indiciado pelos crimes de sequestro, porte ilegal de arma de fogo e posse de entorpecente. O mototaxista, que possivelmente foi quem acionou a polícia e a esposa, também prestaram depoimento.
Quando a primeira guarnição chegou ao hotel, o marido da mulher estava na porta.