POLÍCIA
Indígenas fecham BR-317 em protesto por justiça em Boca do Acre
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Um grupo de indígenas da tribo Apurinã bloqueou, na manhã desta quarta-feira (26), o km 59 da BR-317 em protesto pela morte do casal Maria Angélica e Sebastião, vítimas de um atropelamento no último dia 15 de fevereiro.
A rodovia está interditada nos dois sentidos, e os manifestantes afirmam que só liberarão a passagem quando um representante da Justiça comparecer ao local para garantir que o caso será devidamente investigado. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já está no local tentando negociar a liberação da via, mas enfrenta resistência dos indígenas.
Entenda o caso
Maria Angélica e Sebastião, ambos da tribo Apurinã, morreram em um grave acidente de trânsito no km 09 da BR-317, próximo a um frigorífico, no bairro Platô do Piquiá, em Boca do Acre, interior do Amazonas.
Segundo testemunhas, o casal trafegava no sentido Rio Branco–Boca do Acre quando um Jeep Cherokee cinza, supostamente conduzido por um homem identificado como Jarderson, invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com a motocicleta em que estavam.
O impacto foi fatal. Sebastião foi arremessado contra um poste de energia elétrica e morreu no local. Maria Angélica foi lançada a seis metros da colisão e encontrada sem vida dentro de uma área de mata. O motorista fugiu sem prestar socorro e abandonou o veículo na mata. Revoltados, moradores incendiaram o carro.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma equipe, mas os paramédicos apenas puderam constatar os óbitos. A PRF isolou a área para perícia, e os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML).
A Polícia Civil de Boca do Acre investiga o caso.
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