POLÍCIA
Indignação: Justiça libera estuprador que arrastou vítima em trator
A história de violência e injustiça que aconteceu em Soledade, Rio Grande do Sul, nos coloca diante de uma realidade cruel e revoltante. Uma mulher com deficiência auditiva foi brutalmente agredida, estuprada e arrastada por uma estrada amarrada a um trator por seu ex-cunhado e outro homem.
O relato da vítima é um relato de terror, que nos faz questionar a capacidade humana de crueldade e a falha do sistema de justiça em proteger as vítimas de crimes tão hediondos. A mulher, que já sofria com a deficiência auditiva, foi privada da sua liberdade, torturada física e psicologicamente, e teve que fingir estar morta para sobreviver.
O laudo pericial, com detalhes explícitos da violência sofrida, confirma a brutalidade dos atos praticados. A advogada da vítima, com justa razão, expressa a indignação de todos nós ao dizer que a minimização dessa barbárie pelo Estado é uma afronta aos direitos humanos e à vida das mulheres.
A confissão de um dos acusados, que inclusive revelou a intenção do outro em matá-la, torna o caso ainda mais grave. A prisão preventiva inicialmente decretada para os dois homens deveria ter sido mantida, garantindo que a justiça fosse feita.
No entanto, a decisão da justiça de soltar um dos acusados, alegando que ele seria não imputável, desperta ainda mais revolta. A justiça, em vez de proteger a vítima e garantir que os criminosos respondam pelos seus atos, parece ter priorizado a proteção de um homem que já confessou a sua participação no crime.
A ameaça às testemunhas, incluindo a própria vítima, por parte da mãe do acusado, demonstra a impunidade e a falta de respeito com que a família do criminoso trata a justiça e as vítimas.
A história dessa mulher, que já sofria com a deficiência auditiva e agora precisa lidar com as sequelas físicas e psicológicas da violência sofrida, nos coloca diante de uma realidade que precisa ser combatida.