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POLÍCIA

Inquérito concluído: Polícia aponta vice e pastor como mentores de assassinato de prefeito de João Dias (RN)

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No cenário político do Rio Grande do Norte, um crime brutal abalou a pequena cidade de João Dias, onde o prefeito Marcelo Oliveira foi assassinado em um atentado orquestrado por sua própria vice-prefeita, Damária Jacome. A execução do crime, ocorrido em agosto deste ano, expôs uma teia de intrigas e traições que culminaram em um evento que chocou a comunidade local e levantou questões sobre a segurança e a moralidade na política.

A operação policial denominada “Profanos”, deflagrada em 27 de outubro, resultou na prisão de um pastor local e na emissão de mandados de prisão contra Damária e sua irmã, Leidiane Jácome, recém-eleita vereadora. De acordo com as investigações da Polícia Civil, as duas mulheres teriam sido as mentoras do crime, enquanto o pastor ajudou a planejar a execução, escolhendo o local e o momento oportuno para o ataque.

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O crime ocorreu em um momento crítico, apenas 40 dias antes das eleições, quando Marcelo Oliveira realizava uma visita a apoiadores e se encontrava vulnerável, acompanhado apenas de seu pai. A brutalidade do ato, que resultou na morte imediata de um dos acompanhantes e na morte do prefeito em decorrência dos ferimentos, revela a profundidade do desespero político que permeava a cidade.

As investigações indicaram que o pastor, além de ser um dos executores do plano, tinha conhecimento prévio sobre os horários e locais que o prefeito costumava frequentar. O delegado Alex Wagner, responsável pelo caso, destacou que houve considerações de que o assassinato poderia ocorrer durante um culto, um momento em que Marcelo estaria mais exposto e vulnerável.

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Tragicamente, este não foi o primeiro ataque contra Marcelo. Em 2022, ele já havia enfrentado uma tentativa de assassinato, da qual conseguiu escapar junto com seus familiares. Na época, ele havia deixado o cargo de prefeito, alegando ameaças de Damária e de familiares dela, mas retornou ao cargo após uma decisão judicial.

A operação “Profanos” resultou em um total de seis mandados de prisão e busca e apreensão em diversas cidades, revelando uma rede complexa de conluio que, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, envolveu oito pessoas indiciadas como executoras e cinco como mentores do crime, além de outras indiciadas por formação de milícia.

Este trágico episódio não apenas expõe a fragilidade da segurança pública em contextos políticos, mas também levanta um debate sobre a ética e a moralidade nas relações de poder. A cidade de João Dias, que deveria ser um espaço de democracia e representação, agora se vê marcada por um ato de violência que poderá repercutir por muito tempo. A comunidade local, que se mobilizou em apoio ao prefeito, agora enfrenta a dura realidade de um sistema político que, em vez de proteger, se tornou um campo de batalha.

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Assim, a história de Marcelo Oliveira se torna um alerta sobre os perigos que envolvem a política, a necessidade de vigilância e a urgência de reformas que garantam a integridade e a segurança de líderes e cidadãos. A justiça deve prevalecer, e os responsáveis devem ser punidos, mas as lições deste caso precisam ecoar para além das fronteiras de João Dias, lembrando a todos sobre a importância de um ambiente político saudável e livre de violência.

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