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POLÍCIA

Investigadora morta por empresário trabalhava na polícia há 7 anos; vítima deixa filha de 5 anos

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A investigadora Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, morta no sábado, 16, pelo empresário Rogério Saladino, no bairro dos Jardins, em São Paulo, trabalhou por sete anos na Polícia Civil e tinha uma filha de 5 anos, segundo informado pela corporação.

De acordo com a CNN Brasil, Milene concluiu sua graduação em Direito e obteve aprovação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2007. Antes de integrar a corporação, a profissional desempenhou atividades no escritório TozziniFreire, uma firma de serviços jurídicos presente em cinco cidades brasileiras, Nova York e Europa.

No mês de outubro de 2022, a investigadora recebeu reconhecimento pela sua destacada contribuição na instituição ao esclarecer um crime e identificar o responsável pela morte de um policial militar.

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Milene exerceu suas funções na 1ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Roubos e Latrocínios, unidade vinculada à Divisão de Investigações sobre Crimes Contra o Patrimônio (DISCCPAT) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

A policial civil era especialista em resolver casos de latrocínio e homicídio, segundo colegas de trabalho dela ouvidos pelo Estadão. A agente também era reconhecida por seu comprometimento e pela atenção às famílias das vítimas durante os sete anos de atuação na corporação.

O velório de Milene, ocorrido no domingo, 17, foi marcado por homenagens da corporação à investigadora. A filha dela participou do velório, emocionando colegas de trabalho.

Ao Estadão, colegas destacaram sua dedicação exemplar às investigações. A investigadora e seu parceiro eram conhecidos por desvendar crimes de grande repercussão, como a prisão do falso entregador envolvido na morte de Renan Silva Loureiro, e a detenção de uma quadrilha que alugava salas comerciais para roubo de empresas.

Milene também se destacava por estratégias diferentes de investigação, como um falso encontro em um cinema para prender um suspeito de latrocínio.

Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Deic, lamentou a perda da profissional em entrevista ao Metrópoles. “No Deic, tenho 650 policiais, e a Milene era a que mais se destacava. De cada dez latrocínios que a gente atendia, ela e o parceiro esclareciam oito. Uma perda irreparável”, disse ele.

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Como a policial foi morta

Um tiroteio deixou três pessoas mortas na noite de sábado, incluindo Milene. A policial foi assassinada após ir a uma residência, junto com outro policial, para investigar um furto ocorrido no dia anterior.

O dono da residência, o empresário Rogério Saladino, de 56 anos, com antecedentes criminais por homicídio, lesão corporal e crime ambiental, juntamente com um segurança da casa, também morreram após um confronto armado com os policiais.

Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a policial foi à uma residência em busca de imagens de câmeras de segurança para a investigação. O proprietário reagiu de forma violenta, atirando na policial, que foi atingida pelos disparos. O outro policial, que acompanhava a investigadora, interveio, baleando o empresário.

Na sequência, o segurança da residência pegou uma das armas no chão e também efetuou disparos contra os policiais, vindo a ser morto em seguida. O serviço de resgate foi acionado, mas tanto a policial quanto o empresário não resistiram aos ferimentos e morreram no hospital.

De acordo com informações policiais, quatro armas foram apreendidas, sendo duas pertencentes aos policiais civis e duas ao empresário. Também foram localizadas pequenas quantidades de drogas na casa.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) e foi registrado como homicídio e morte decorrente de intervenção policial.

 

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