POLÍCIA
Irmã de médico executado, deputada Sâmia Bomfim foi ameaçada de morte em agosto
A execução de 3 médicos na madrugada de quinta-feira, 5, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pode ter relação com a atuação parlamentar de Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ), deputados federais e irmã e cunhado de uma das vítimas. A hipótese foi levantada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, ao informar que a Polícia Federal iria participar das investigações. Dino até falou em “execução”.
Em agosto, Sâmia Bomfim registrou uma queixa na delegacia após receber ameaça de estupro e morte via e-mail. Na mensagem, o autor diz que a parlamentar não continuaria a exercer a função em 2023 porque seria amarrada e estuprada na frente do filho, Hugo, de um ano, e do marido, o também deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
O e-mail compartilhado pela parlamentar termina com conteúdo discriminatório e ofensivo. Na ocasião, a Polícia Civil do Estado de São Paulo iniciou uma investigação para identificar o responsável pela ameaça.
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal participe das investigações do caso, “em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais”. Dino também expressou sua solidariedade a Sâmia, Glauber e aos familiares das vítimas.
“Polícia Civil já realizando diligências investigatórias. Secretário Executivo do MJ, Ricardo Cappelli, irá ao Rio e reunirá com a direção da PF e com o governo do estado”, disse o ministro.
Sâmia está devastada, diz nota
Uma nota assinada por Fernanda Melchionna (Psol-RS) e divulgada para a imprensa aponta que a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) está devastada com a perda do irmão, o médico Diego Ralf Bomfim. O documento diz ainda que ela e o marido, o também deputado Glauber Braga (Psol-RJ), agradeceram as mensagens de solidariedade e apoio após a notícia da morte do médico Diego Ralf Bomfim.
“Evidentemente, Sâmia está devastada nesse momento terrível de perda e dor, assim como o seu companheiro Glauber Braga, que a acompanha neste momento”, diz a nota, que ainda fala em “execução” e pede “imediata e profunda” investigação das motivações do crime.