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POLÍCIA

Jovem atingida por tiro em escola segue internada; 2 receberam alta

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Uma das jovens atingidas pelos tiros disparados durante o ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, segue internado. A garota, de 15 anos, levou um tiro na clavícula e os médicos ainda avaliam se há necessidade de uma cirurgia.

Outros dois adolescentes ficaram feridos no atentado. Uma menina de 15 anos levou um tiro no lado esquerdo do abdômen, e um rapaz, de 18 anos, se machucou com estilhaços de vidro, em uma das mãos, quando fugia do tiroteio. Ambos foram atendidos e já receberam alta do hospital.

Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, morreu após ser ferida com um tiro na nuca, quando se preparava para descer uma escada. Outro estudante ficou ferido e um quarto jovem se machucou ao cair enquanto tentava fugir.

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“Nasci de novo”

Uma das vítimas feridas a tiros durante um atentado, na manhã desta segunda-feira (23/10), em uma escola da zona leste paulistana, afirmou em uma postagem na internet ter sido ferida por dois disparos. “Nasci de novo”, escreveu a adolescente de 15 anos, cuja frase figura como legenda em sua foto na maca de um hospital.

A postagem é comentada por amigos e um professor, que desejam pronta recuperação à vítima.

Um adolescente de 16 anos, autor dos disparos, foi apreendido. Como revelado pelo Metrópoles, ele contou à mãe, em abril deste ano, que vinha recebendo ameaças on-line de pessoas que pareciam ser de “grupos rivais”. As ameaças eram feitas nas redes sociais. Para realizar o ataque, o jovem usou um revólver calibre .38, pertencente ao pai dele.

Um boletim de ocorrência registrado pelo adolescente, em 24 de abril, menciona que o jovem foi agredido por “diversos alunos”, não identificados, da Escola Estadual de Sapopemba (veja abaixo), a mesma onde ocorreu o ataque desta segunda-feira.

Metrópoles localizou dois registros, em vídeo, nos quais o adolescente é agredido. Um deles seria do caso registrado no B.O. Já o outro ocorreu no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, informou.

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Ataque

“Começou com dois barulhos de bomba. Pessoal gritando, saindo correndo. Eu pensei: ‘Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa’. Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair”, disse um aluno ao Metrópoles.

“Saímos correndo batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, disse outro aluno. Segundo ele, tudo aconteceu no 2º andar, começando na sala do 1º E.

Uma professora do primeiro ano do ensino médio afirmou que, logo após conseguir levar seus alunos para fora da escola, teve acesso a um vídeo (assista abaixo) no qual o suspeito do ataque aparece sendo vítima de violência física em sala de aula.

“Ele era vítima de bullying, com base nesses vídeos. Tanto que o ataque, pelo que me falaram, começou dentro da sala de aula onde ele estudava”, afirmou a educadora, que pediu para não ter o nome publicado.

Ela afirmou ao Metrópoles ter ouvido ao menos cinco disparos enquanto se preparava para começar seu dia de trabalho.
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