A Justiça converteu o flagrante em prisão preventiva na quarta-feira (22/12), um dias depois do caso, que ocorreu em uma casa na Rua da Lontra, no bairro Bananal, na área rural da cidade. Inicialmente, logo depois do crime, o ajudante de pedreiro correu por 2 km com a criança até a casa de conhecidos.
“Era 8h, ele vinha correndo na estrada com a criança no colo, sem roupa, e quando a gente foi observar, a criança já estava morta. Aí, tentei ligar para o bombeiro, o bombeiro atendeu, e quando começou a dar instrução, caiu a ligação”, afirmou uma vizinha, que preferiu não se identificar, à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.
Reanimação
Os vizinhos, de acordo com a testemunha, tentaram reanimar a menina, mas não conseguiram. Eles tentaram ligar novamente para os bombeiros e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sem sucesso, devido à falta de sinal.
Em seguida, o suspeito e vizinhos levaram a criança até a unidade básica de saúde do bairro Vila Peruíbe, de carro, em um percurso de 8 km. Na UBS, o Samu a pegou e encaminhou para a unidade de pronto atendimento da cidade.
“Meu marido falou que tinha marcas nas costas dela. Eu vi mesmo, e minha vizinha lá viu a marca roxa. Chegou lá no hospital, falou que estava com a costela quebrada. É triste, ela já estava morta. Aí, eu coloquei uma roupinha da minha neta nela, porque ela estava nua”, afirmou a esposa do morador que ajudou no socorro.
Hematomas
Na unidade de saúde, os médicos viram que a criança tinha vários hematomas pelo corpo, principalmente nas costas. Diante das lesões, a UPA chamou equipe do 1º Distrito Policial de Peruíbe, que pediu apoio da Polícia Militar.
No local, a polícia encontrou o padrasto da criança. De acordo com depoimento, ele disse que a menina se engasgou e caiu da cama. A equipe o levou até a delegacia e foi até a casa da família, onde encontrou a mãe, e a encaminhou ao DP para prestar esclarecimentos.
Negativas
Durante interrogatório, o padrasto negou ter agredido a criança e reafirmou que ela teria se machucado ao cair da cama. Já a mãe disse que as lesões ocorreram há alguns dias, quando a criança caiu do carrinho de bebê.
A médica que atendeu o bebê também foi ouvida e disse à polícia que as lesões constatadas eram recentes e graves, incompatíveis com quedas de berços ou camas.
O Metrópoles não conseguiu identificar contato da defesa do suspeito nem da mãe da criança para se manifestarem.