POLÍCIA
Juiz lamenta ao dar liberdade provisória a suspeito de atropelar família: ‘Álcool e direção não podem coexistir’
Um juiz lamentou acidentes envolvendo motoristas embriagados em Palmas (Tocantins) durante uma audiência de custódia em que concedeu liberdade provisória a um empresário suspeito de atropelar três pessoas mesma família. Uma das vítimas não resistiu aos ferimentos e morreu.
“As pessoas insistem em continuar a fazer uso de álcool e a conduzir veículos automotores, e todos os dias, invariavelmente [há casos], aliás daqui a pouco há mais uma audiência de custódia destinada a ouvir uma pessoa já reincidente na prática de condução de veículo automotor sobre o efeito de álcool. O que é lastimável e muito preocupante, porque vidas podem ser ceifadas, como foi o caso da presente audiência”, disse o juiz Allan Martins Ferreira, segundo vídeo divulgado pelo Metrópoles.
Em seguida, o magistrado acrescentou: “O que resta é lamentar todo o episódio, as pessoas devem ser responsabilizadas por tais condutas e devem ser incitadas e levadas a compreender que álcool e direção definitivamente não podem coexistir.”
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informou ao Terra, a Polícia Militar conduziu o suspeito por causar o acidente com vítimas na tarde de sábado, 14, na Avenida Teotônio Segurado.
Segundo a pasta, conforme apurado até o momento, o motorista estava “visivelmente embriagado e colidiu seu veículo com a motocicleta na qual trafegava um casal com um bebê”. A mulher veio a óbito no local; o homem e a criança foram encaminhados para o hospital em estado grave.
O motorista foi autuado em flagrante pelos crimes de homicídio no trânsito e duas vezes por lesão corporal. Após os procedimentos legais cabíveis, ele chegou a ser preso.
O corpo da vítima foi removido pela equipe do Instituto Médico Legal de Palmas, onde passou por exames necroscópicos e, posteriormente, foi liberado aos familiares. O marido da vítima já recebeu alta hospitalar e a filha do casal segue internada.
O Terra tenta localizar a defesa do empresário. O espaço segue aberto para manifestações.