POLÍCIA
Júri popular de acusados de chacina contra família boliviana é marcado para julho
A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco marcou para o dia 31 de julho o júri popular dos seis acusados de chacina contra uma família boliviana na fronteira do Acre. O crime ocorreu em setembro de 2020, no Ramal do Pelé, na BR-364, zona rural boliviana, na região de fronteira com o Acre.
Os seis acusados serão levados ao banco dos réus para que os jurados decidam se eles devem ser condenados pela morte de uma mulher boliviana e dois filhos após outra filha dela, na época com 14 anos, ter sido estuprada.
De acordo com os autos, um dos acusados descobriu que a família guardava R$ 20 mil e $d 10 mil bolivianos, e quando soube que a adolescente tinha sido abusada, o pai dela o amarrou em um tronco de árvore e foi até o lado brasileiro para pedir ajuda da polícia. Ao perceber a situação, o outro acreano que estava no local correu até em casa, avisou que o parente estava preso na propriedade do boliviano e chamou os familiares para resgatar o suspeito de estupro.
Ao chegarem, pediram todo o dinheiro para a mãe da adolescente e também que soltasse o abusador, sob ameaça de matar a todos. Como o pedido não foi atendido, o grupo baleou a mãe e dois filhos. A adolescente também levou um tiro e se fez de morta. O pai da adolescente não foi morto porque estava em solo brasileiro procurando a polícia. Os corpos foram jogados próximos a uma árvore, e a casa da família foi queimada.
O júri popular irá analisar se os acusados cometeram crime de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O crime de estupro de vulnerável não será analisado em razão do acusado ter sido assassinado em abril do ano passado.
A previsão é de que sejam ouvidas 21 pessoas, sendo seis testemunhas pelo Ministério Público, nove de defesa e interrogatório dos seis acusados.