Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍCIA

Júri Popular julga acusado de queimar ex-namorada viva em MT

Publicado em

O município de Paranatinga, Mato Grosso, presencia nesta sexta-feira (11) um julgamento que abala a comunidade e reacende a discussão sobre violência contra a mulher. Djavanderson de Oliveira de Araújo irá a júri popular, acusado de feminicídio pela morte brutal de Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, crime que chocou o estado em setembro de 2023. A jovem acreana teve 90% do corpo queimado, vítima de um ataque premeditado e cruel, supostamente perpetrado por seu ex-namorado.

A narrativa policial aponta para uma armadilha. Juliana foi atraída até a casa de Djavanderson no bairro Jardim Ipê, em Paranatinga. Investigações revelam que, horas antes, ele comprou 12 litros de álcool em um posto de combustíveis. Na residência, o que se seguiu foi um ato de violência extrema: Djavanderson teria jogado o combustível sobre Juliana e ateado fogo. Ele também sofreu queimaduras e foi internado, mas sobreviveu.

Continua depois da publicidade

Juliana lutou pela vida durante 15 dias, internada em estado grave em Cuiabá. Infelizmente, sucumbiu aos ferimentos, deixando para trás uma família devastada e uma comunidade em luto. A dor da perda é amplificada pela brutalidade do crime, que expõe a fragilidade da vida diante da violência masculina.

Djavanderson, preso sete dias após o crime, alegou em depoimento que tentou suicídio e que o álcool atingiu Juliana acidentalmente. No entanto, essa versão foi refutada pela investigação policial, que aponta para um crime premeditado, classificado como feminicídio. Até o momento, a defesa do réu não se manifestou publicamente sobre a estratégia que será adotada durante o julgamento.

Continua depois da publicidade

O caso gerou comoção no Acre, estado natal de Juliana, e em Mato Grosso, onde o crime ocorreu. A família da vítima acompanha o julgamento com a esperança de que a Justiça seja feita e que o responsável pelo ato seja devidamente responsabilizado. A sentença a ser proferida terá um peso significativo, não apenas para a família de Juliana, mas também como um precedente na luta contra a violência de gênero. O julgamento de Djavanderson é um momento crucial para afirmar a importância da punição exemplar diante de crimes tão hediondos, reforçando a necessidade de proteção às mulheres e de combate à cultura da impunidade. A expectativa é que a justiça seja servida, trazendo algum consolo à família e à sociedade diante de uma tragédia tão profunda.

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement