POLÍCIA
Justiça aguardada: família de advogada atropelada reforça busca por foragido

A morte de Juliana Chaar Marçal, assessora jurídica de 36 anos, atropelada em Rio Branco, continua gerando indignação e mobilizando a busca por justiça. Mais de uma semana após o crime, ocorrido na madrugada do dia 21 de junho na saída de uma casa noturna, o principal suspeito, Diego Luiz Gois Passo (27), permanece foragido, apesar da prisão temporária decretada pela Justiça no dia 22.
O atropelamento, registrado por câmeras de segurança, aconteceu após um tumulto na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente. Juliana, servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), faleceu horas depois dos ferimentos.
A defesa de Diego afirma que ele se apresentará apenas após uma possível revogação do mandado de prisão, aguardando decisões judiciais antes de impetrar um habeas corpus. No entanto, o advogado da família da vítima, Vandré Prado (também primo de Juliana), refuta essa estratégia, classificando-a como uma manobra para minimizar a responsabilidade do acusado. Prado enfatiza a validade do mandado de prisão e a condição de foragido de Diego.
A família de Juliana expressa sua profunda revolta com a situação, acusando Diego de tentar “matar e seguir a vida normalmente”. Para Vandré Prado, o recurso da defesa não suspende o efeito do mandado de prisão, e a família confia na justiça para manter a prisão preventiva e na polícia para localizar o suspeito. A declaração reforça a crença da família no direito de Diego à defesa, mas dentro do sistema legal, preso e à disposição da justiça, em contraponto ao direito à vida que foi negado a Juliana.
A versão apresentada pela defesa, de que Diego não teria visto Juliana antes do impacto e fugiu por conta da aglomeração, ainda está sob investigação. O delegado Cristiano Bastos, do DHPP, ainda não se pronunciou sobre o andamento das buscas.
A morte de Juliana gerou grande comoção na sociedade acreana, e a família aguarda ansiosamente por respostas e o cumprimento da lei, esperando que a prisão do foragido traga algum alívio à dor da perda e contribua para a elucidação completa dos fatos.
