Justiça condena a dez anos o homem que divulgou fotos da autópsia de Marília

A Justiça de Brasília condenou na quarta-feira (27) André Felipe de Souza Alves Pereira a dez anos e três meses de prisão por ter divulgado imagens da autópsia de Marília Mendonça e Gabriel Diniz. Além do crime de vilipêndio a cadáver, ele foi condenado por divulgação de nazismo, xenofobia, incitação ao crime, racismo, atentado contra serviço de utilidade pública e uso de documento falso.

A cantora Marília Mendonça morreu, em 5 de novembro de 2021, aos 26 anos, na queda de um avião bimotor, em Piedade de Caratinga (MG). Já Gabriel Diniz, de 28 anos, e outras duas pessoas morreram em um acidente aéreo no sul de Sergipe.

O juiz do caso afirmou que Pereira divulgou as imagens “com vontade livre e consciente”. De acordo com o magistrado, a natureza das fotografias expostas e os comentários de Pereira no perfil dele em uma rede social “demonstraram o inequívoco objetivo de humilhar e ultrajar os referidos mortos, cujas imagens invocaram grande apreço popular, circunstância que comprova o dolo inerente ao tipo penal”, explicou.

Vazamento das fotos

Nas redes sociais, fotos da necrópsia do corpo da cantora Marília Mendonça, morta em novembro de 2021, começaram a ganhar destaque no começo deste ano. A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um procedimento administrativo para investigar o vazamento e anunciou que o sistema de armazenamento dos dados de investigações é capaz de identificar as pessoas que acessam as informações.