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POLÍCIA

Justiça condena a mais de 100 anos de prisão três dos acusados de matar casal em Rio Branco

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A Justiça do Acre condenou três dos cinco acusados de matar o casal de namorados Tereza da Silva Santos, de 64 anos, e Cosmo Ribeiro Moura, de 43, em janeiro de 2020, em Rio Branco. Em penas somadas, o trio pegou 110 anos de prisão em regime inicial fechado por homicídio duplamente qualificado.

A casa das vítimas, no bairro Belo Jardim, região do Segundo Distrito de Rio Branco, foi invadida e os dois foram assassinados a tiros e golpes de facão. O duplo homicídio foi descoberto quando o vizinho viu o carro do casal em cima da calçada, foi olhar, encontrou as vítimas e acionou a polícia.

Foram inocentados do crime Francisco Almeida da Silva e Alisson Souza de Olinda. A Justiça determinou a expedição do mandado de soltura dos dois logo após o julgamento.

Já Marciano Marinho pegou 40 anos de prisão; Antônio Eliel de Sousa Gomes foi condenado a 30 anos e Jefersson Almeida da Silva a 40 anos de reclusão.

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A assessoria de comunicação do TJ-AC informou que o Ministério Público do Acre (MP-AC) entrou com recurso contra a absolvição de Alisson de Olinda e Francisco da Silva.

Os cinco acusados foram julgados nesta terça-feira (28) na 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital acreana.

O advogado Patrich Carvalho, que defende o acusado Jefersson da Silva, disse que vai recorrer da sentença.

A defesa de Marciano Marinho também afirmou que vai recorrer da sentença por acreditar que não há provas suficientes nos autos que comprovem a participação do cliente. “É uma pena muito alta, tendo em vista que dentro do processo não existem provas suficientes para condenação. Ele não respondeu em liberdade o processo”, afirmou a advogada Faima Jinkins Gomes.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Antônio Eliel de Sousa Gomes.

Crime ocorreu em janeiro do ano passado — Foto: Aline Vieira/Rede Amazônica Acre

Crime ocorreu em janeiro do ano passado — Foto: Aline Vieira/Rede Amazônica Acre

Motivação do crime

 

Tereza era sogra da ex-secretária da Fazenda do Acre, Semírames Plácido Dias. Na época do crime, o governo do Acre chegou a publicar uma nota lamentando a morte do casal e afirmou que os órgãos de segurança estariam empenhados para prender os suspeitos.

Após quase três meses de investigações, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte do casal. Em entrevista ao g1, logo depois da conclusão do inquérito, o delegado responsável pelo caso, Martin Hessel, afirmou que a motivação do crime foi porque a vítima Cosmo Ribeiro Moura confrontava a facção que atuava no bairro por não aceitar as determinações da organização criminosa.

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Inicialmente, a polícia suspeitou que o crime tinha ocorrido durante uma tentativa de assalto e que teria sido um latrocínio. Mas, essa hipótese foi descartada e ficou confirmado que o casal foi vítima de uma execução.

Ao todo, seis suspeitos foram indiciados pelo crime de duplo homicídio com as qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e pelo crime de integração a organização criminosa.

Entre os seis indiciados, segundo o delegado, um seria o mentor do crime, o outro teria autorizado e os outros quatro foram os executores. Cinco suspeitos estão presos e um segue foragido, sendo que agora dois vão ser soltos após serem inocentados durante o julgamento.

Um sétimo suspeito também estava na lista dos que seriam indiciados pelo crime, mas, ele foi morto durante uma tentativa de assalto a uma chácara no último dia 25 de março.

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