POLÍCIA
Justiça condena dupla a 32 anos de prisão pela morte de indígena em Sena Madureira
O desfecho do trágico assassinato do jovem indígena Fábio Machico Alfredo Jaminawa, ocorrido em dezembro de 2022 em Sena Madureira, no interior do Acre, teve um desdobramento decisivo no sistema judicial. Dois acusados foram sentenciados a 32 anos de reclusão pela morte a tiros de Jaminawa, em um episódio que chocou a comunidade local.
Pedro Henrique Mendonça da Silva, apontado como o autor dos disparos que ceifaram a vida do jovem indígena, recebeu uma pena de 16 anos e 6 meses de prisão, além da obrigação de pagar 24 dias-multa. Da mesma forma, Antônio Marcos Oliveira de Queiroz foi condenado à mesma pena pelos atos cometidos naquela fatídica noite.
O crime hediondo foi qualificado como homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima Jaminawa. Além disso, Silva foi considerado culpado por corrupção de menor, por envolver um adolescente nos atos criminosos. Por outro lado, Queiroz foi absolvido dessa acusação específica.
O juiz Zacarias Laureano de Souza Neto fundamentou sua decisão levando em consideração o envolvimento dos acusados em uma organização criminosa e os antecedentes criminais de Queiroz. Diante disso, negou-lhes o direito de recorrer em liberdade, visando garantir a segurança da sociedade.
A vítima, Fábio Machico Alfredo Jaminawa, de apenas 18 anos, perdeu a vida enquanto recebia cuidados médicos no Hospital João Câncio após ser alvejado três vezes enquanto pedalava sua bicicleta pela Rua Maranhão. Os agressores, montados em uma motocicleta, efetuaram os disparos e fugiram do local, deixando um rastro de dor e luto na comunidade.
Diante da sentença proferida e da justiça sendo feita em nome da vítima e de seus familiares enlutados, espera-se que esse caso sirva como exemplo da necessidade de combater a violência e garantir que todos tenham o direito à vida e à segurança em nossa sociedade.