Justiça de SP retoma julgamento do empresário Thiago Brennand, acusado de estupro

A Justiça de São Paulo retoma, na tarde desta quarta-feira (21) o julgamento do empresário Thiago Brennand, acusado de estuprar uma mulher norte-americana. Ele, que está preso desde o fim de abril, deverá ser interrogado nesta audiência, que começa às 14h. O julgamento será comandado pelo juiz Fernando Henrique Masseroni Mayer, da 2ª Vara de Porto Feliz (SP).

O caso está em segredo de justiça. O empresário é réu em nove processos judiciais, sendo que em seis deles tem prisões decretadas por crimes como estupro, cárcere privado, ameaça e agressão. Ele participará da audiência por videoconferência, visto que o julgamento será no interior de São Paulo e ele está detido na capital paulista.

Na primeira audiência, em 30 de maio, a Justiça ouviu a vítima e outras três testemunhas de defesa. Nesta quarta, a expectativa é de que, além do réu, sejam ouvidas mais duas testemunhas de defesa. A sentença do caso poderá sair nesta quarta. A pena para o crime de estupro é de seis a 10 anos de prisão.

vítima norte-americana, que mora no Brasil, não teve a identidade revelada. De acordo com o Ministério Público, ela contou que, ao longo de um relacionamento de dois meses, o empresário passou de uma pessoa gentil a agressiva e chegou obrigá-la a manter relações sexuais com ele.

Agressões

Os casos envolvendo Thiago Brennand ganharam notoriedade após a divulgação de imagens da câmera de segurança de uma academia em São Paulo em que ele é flagrado agredindo uma modelo. Em decorrência deste episódio, a Justiça paulista determinou sua prisão. Ele alega inocência e se diz perseguido.

O empresário chegou a ser preso em outubro, em Abu Dhabi, mas acabou solto após pagar fiança. Depois de tratativas do governo brasileiro, os Emirados Árabes Unidos concordaram em extraditar o empresário, após ele ter sido incluído na difusão vermelha da Interpol.

Brennand foi preso novamente em 17 de abril, após serviços de inteligência do país do Oriente Médio identificarem um plano em que ele pretendia fugir para a Rússia. Uma equipe composta por um delegado e dois agentes da PF foram aos Emirados Árabes Unidos para trazer o brasileiro. Um escrivão treinado em artes marciais também foi mobilizado, diante do histórico violento do preso.