Justiça decide separar integrantes do PCC no FOC após pedido do MP

Em inspeção realizada na quinta-feira da semana, 14 de abril, no “Chapão” do Complexo Prisional Francisco de Oliveira Conde, foi relatado de maneira sigilosa por Policiais Penais ao Promotor de Justiça Tales Tranin a interceptação de diversas cartas nos pavilhões onde estão recolhidos os integrantes da organização criminosa Bonde dos 13, cujo teor alerta para possível invasão do Pavilhão H, onde se encontram os integrantes de uma facção rival, PCC.

O promotor conta que constatou a veracidade das informação durante conversas com os presos. “Este Promotor de Justiça constatou a veracidade das informações também por meio de conversa com os reeducandos, que se mostraram tensos e amedrontados com a situação, que pode se consumar a qualquer momento. O assunto já vem sendo relatado há alguns meses, sabendo-se inclusive que os Policiais Penais já cientificaram a administração acerca das cartas encontradas e que em reunião os superiores indagaram onde iriam alocar os apenados caso fosse necessária a mudança de pavilhão”,

Como o Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde possui um contingente de policiais menor do que deveria para garantir que não haja uma invasão por parte de um facção rival, o promotor pediu à Vara de Execuções Penais que os integrantes da facção PCC sejam transferidos para outro pavilhão, onde estava reservado para chegada de novos presos por conta da pandemia. “Fizemos esse pedido para resguardar a vida dos reeducandos, dos policiais penais e a segurança do presídio. O Pavilhão Q fica fora do “chapão” e fica fora da área do CV, e tem as condições de receber esses reeducandos. Com o fim da pandemia, não há mais necessidade dessa medida”, afirma Tranin.

O pedido do MPAC foi deferido pelo juiz Hugo Torquato Ferreira que deu 72 horas para que o Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) transfira os detentos de pavilhão.