POLÍCIA
Justiça interroga mãe de bebê morto em caso de abuso e violência pelo próprio pai; acusado teria cometido suicídio no presídio
A morte brutal de Kauã Vinicío, um bebê de apenas 7 meses, abalou o Acre e gerou uma onda de indignação na sociedade. O pequeno foi vítima de agressões fatais perpetradas pelo próprio pai, Jailton Pereira Martins, de 26 anos. O crime, que ocorreu em dezembro do ano passado, trouxe à tona uma série de questões sobre abuso e negligência parental.
Segundo as investigações, Jailton agrediu Kauã a ponto de causar sua morte. Inicialmente, tanto ele quanto a mãe da criança alegaram que o bebê havia caído da cama. Contudo, a análise forense revelou marcas e luxações no corpo do pequeno, indicando que as lesões eram resultado de agressões sistemáticas. Além disso, exames realizados no pronto-socorro de Rio Branco confirmaram que Kauã também havia sido vítima de abuso sexual.
Após o crime, Jailton foi preso em Brasiléia, mas acabou cometendo suicídio dentro do presídio. A dor da perda se agravou para Vangela Dias França, mãe da criança, que foi presa e denunciada pelo Ministério Público do Acre (MPAC) por omissão. A acusação sustenta que Vangela tinha conhecimento das agressões e não tomou as medidas necessárias para proteger o filho.
Na última quinta-feira (15), a mãe passou por uma audiência de instrução e julgamento onde foram discutidas as evidências do caso. O promotor Efrain Mendonza afirmou em entrevista que a omissão da mãe diante das agressões é um ponto crucial para a ação judicial.
Agora, a Justiça se prepara para decidir se Vangela será levada a júri popular pelos crimes relacionados à morte do filho. O caso destaca não apenas a tragédia familiar, mas também a necessidade urgente de proteção às crianças e a responsabilidade dos adultos em garantir seu bem-estar.