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POLÍCIA

Justiça mantém condenação de mais de 470 anos de quadrilha que matou três em ataque no Acre

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A Justiça do Acre negou um pedido de redução de pena e de um novo julgamento para uma quadrilha condenada a mais de 470 anos por triplo homicídio, tentativa de homicídio e organização criminosa. Com isso, Gilmar Gomes Ferreira, Mateus Saraiva Néri, Gabriel Alencar de Oliveira e Alex Pinheiro de Souza devem cumprir a sentença determinada pelo júri popular em junho deste ano.

Alex Souza pediu a redução da pena à Justiça. Ele foi condenado a 116 anos, sete meses e 15 dias. Já Mateus Néri, Gilmar Ferreira e Gabriel de Oliveira entraram com recurso pedindo anulação do julgamento. A defesa do trio alegou no pedido que a sentença é contrária às provas apresentadas nos autos.

Gilmar Ferreira foi condenado a 116 anos, sete meses e 15 dias; Mateus Néri a105 anos, um mês e 15 dias de reclusão e Gabriel de Oliveira a 136 anos e 21 dias de reclusão.

A defesa de Gilmar Ferreira e Gabriel de Oliveira afirmou que vai recorrer da decisão. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Mateus Néri e nem de Alex Souza.

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O recurso dos acusados foi avaliado pelo desembargador Samoel Evangelista. “Ressalto que os crimes foram praticados em razão da guerra de facções criminosas estabelecidas neste Estado. Os apelantes são integrantes de organização criminosa, tendo sido condenados, inclusive, pela prática desse crime”, destaca na decisão.

Julgamento

 

Após dois dias de júri, quatro dos cinco réus acusados de triplo homicídio e quatro tentativas de homicídio nos bairros Carandá e Aeroporto Velho, em Rio Branco, foram condenados. Somadas, as penas ultrapassam os 470 anos de prisão, em regime inicial fechado.

O julgamento começou no dia 22 de junho e terminou por volta das 17h do dia 23, na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. Um dos réus, Lucas Campos da Silva, foi absolvido das acusações e teve o alvará de soltura expedido pelo juiz Alesson Braz.

Entre os réus estavam Gilmar Gomes Ferreira; Lucas Campos da Silva; Mateus Saraiva Néri; Gabriel Alencar de Oliveira; Alex Pinheiro de Souza. Todos os cinco foram presos preventivamente.

Os quatro foram condenados pelos crimes de triplo homicídio, quatro tentativas de homicídio e por integrarem organização criminosa. Na decisão, o magistrado negou o direito dos condenados de apelar em liberdade.

Ataque criminoso

 

Inicialmente, a informação era de que o grupo tinha matado duas pessoas e ferido a tiros outras cinco em 2019. Mas, conforme o processo, eles foram denunciados por triplo homicídio, quatro tentativas de homicídio e por integrarem organização criminosa.

O crime ocorreu no dia 27 de julho de 2019, quando um grupo, em pelo menos quatro motocicletas, atirou contra as vítimas, em bairros diferentes da capital.

Antônio José de Souza, de 45 anos, foi alvejado no bairro Aeroporto Velho. Logo depois, o mesmo grupo executou Francisco Oliveira Ponciano, de 20 anos, no bairro Carandá.

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A outra vítima fatal, segundo o processo, foi Marcos Yury Silva do Ó, que foi atingido por disparos de arma de fogo na Rua Mendes Sá, no Bairro Glória. Outras quatro pessoas ficaram feridas a tiros. A informação é que a terceira vítima fatal estava sendo contada como sendo da tentativa de homicídio, mas acabou morrendo no hospital e não chegou a ser divulgado na época.

No dia 30 de junho do ano passado o grupo passou pela primeira audiência de instrução, onde foram ouvidas duas das vítimas e duas testemunhas, por videoconferência, por conta da pandemia.

No dia 2 de julho também do ano passado, em uma outra audiência de instrução, sete testemunhas foram ouvidas. Por fim, no dia 9 de julho, também por videoconferência, os acusados foram interrogados.

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