POLÍCIA
Justiça mantém condenação para dupla que matou e escondeu corpo de jovem no Acre

A crueldade do crime cometido contra Genáglia Nascimento de Lima (26), em dezembro de 2021, teve seu desfecho judicial com a negativa da redução de pena para Cleison Souza do Nascimento, o “Pico”, e Moisés Duarte Bezerra, condenados por homicídio e ocultação de cadáver. A decisão da Câmara Criminal do Tribunal do Júri do Acre (TJAC) mantém a sentença proferida em maio de 2024, que condenou “Pico” a 23 anos e Moisés a 16 anos de prisão.
O crime, que chocou a população de Mâncio Lima, teve como motivação a vingança de Moisés Duarte, então preso no Presídio Manoel Néri, em Cruzeiro do Sul. Ciumento, ele não aceitava o novo relacionamento de Genáglia, sua ex-namorada, e planejou sua morte, contratando “Pico” para executar o plano.
O pagamento pela execução foi combinado: 10 mil reais, metade adiantado e a outra metade após o crime. O dinheiro foi entregue a “Pico” por um intermediário em uma praça da cidade.
A vítima foi atraída para o Ramal do Chaparral sob o pretexto de receber dinheiro de Moisés. No local, “Pico” agrediu Genáglia e, ao perceber sua reação, disparou contra a jovem, que morreu no local. Em seguida, ele escondeu o corpo em uma cova rasa na lama e fugiu com a moto da vítima.
A prisão de “Pico” ocorreu dois dias após o crime. Em seu depoimento, ele confessou o crime e revelou Moisés como o mandante. O julgamento pelo Tribunal do Júri em maio de 2024 confirmou a culpa dos dois, com penas de 23 anos para “Pico” e 16 anos para Moisés.
A decisão da Câmara Criminal, que indeferiu o recurso da defesa, garante que a justiça seja feita e que a memória de Genáglia seja preservada. A condenação dos criminosos serve como um alerta para a sociedade sobre a gravidade da violência contra a mulher e a importância de combater a impunidade.
