POLÍCIA
Justiça não aceita pedido do ex-sargento Nery para voltar a fazer parte da corporação
A decisão da 2° Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco foi contrária ao pedido da defesa do ex-militar para cancelar o ato administrativo que resultou na expulsão de Erisson Nery da Polícia Militar do Acre.
Segundo o advogado Matheus Costa Moura, o mérito da ação é que Nery receberá aposentadoria por doença retroativa à data em que foi excluído da corporação militar, em 9 de fevereiro deste ano.
“Ele tem documentos escritos por médicos que confirmam que ele já estava sendo tratado por um psiquiatra durante mais de 2 anos, inclusive antes dos acontecimentos em Epitaciolândia. Dessa forma, a ação cível tem como objetivo que o juiz reconheça a doença do demandante e, portanto, faça uma reforma para ele por causa da enfermidade”, explica.
Sobre o juiz Alesson Braz não aprovar o pedido de ação imediata, Moura disse que vai continuar com as ações regulares para que o mérito seja analisado no futuro pelo juiz de primeira instância.
“É uma ação que leva tempo, mas queremos que ele seja escutado, assim como as pessoas que estão com ele todos os dias, os médicos, tudo isso para que o juiz concorde com o que estamos dizendo.
No caso em que o pedido foi negado, o juiz disse que não há motivos suficientes para conceder a liminar e que só durante o processo será possível determinar se foi ilegal a exclusão de Nery da Polícia Militar.
No final de agosto passado, Nery foi libertado da prisão provisória em que estava desde novembro de 2021, quando foi preso por atirar em Flávio Endres de Jesus Ferreira, que era estudante de medicina na época e tinha 30 anos.
O ex-sargento está em liberdade temporária desde o dia 24 de agosto, com algumas condições para garantir sua segurança. Uma dessas condições é usar uma pulseira eletrônica em seu tornozelo, obrigada pela juíza Joelma Nogueira de Epitaciolândia/AC.
O ex-sargento está sendo processado por ter causado a morte de um adolescente de 13 anos em 2017. Isso aconteceu quando ele era cabo da Polícia Militar e morava em Rio Branco. O adolescente tentou roubar algo de sua casa. Essa ação está sendo analisada na primeira divisão do Tribunal do Júri da cidade.