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POLÍCIA

Laudo encontrou morfina no corpo de empresário morto por brigadeirão envenenado, diz TV

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Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio aponta que morfina e clonazepan foram encontrados no corpo do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, morto após comer um brigadeirão envenenado. A informação foi dada com exclusividade pelo Bom Dia Rio, da TV Globo. Uma das suspeitas do crime é sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que está presa.

Os peritos chegaram até as duas substâncias após analisar o “conteúdo estomacal” do corpo da vítima. O laudo da necrópsia já tinha apontado uma quantidade pequena de um líquido achocolatado no estômago do empresário.

Clonazepan é um medicamento usado em tratamentos de ansiedade e transtorno do pânico. Já a morfina, é um forte analgésico da classe de opióides. No local do crime, a polícia já havia encontrado o remédio Dimorf, que tem como princípio ativo a morfina. Ambas as medicações são de uso controlado e tem potenciais sedativos.

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Comprados com receita

No curso da investigação, policiais realizaram diligências nas farmácias existentes na região do Engenho Novo, bairro onde o casal morava, e “identificaram compras de substâncias capazes de causar morte humana”, como o Dimorf e Clonazepan.

O Dimorf teria sido comprado no dia 6 de maio. A polícia identificou o estabelecimento por meio do acesso ao celular de Julia, onde havia uma conversa entre ela e o estabelecimento solicitando medicamentos de uso controlado.

Um funcionário de uma farmácia prestou depoimento às autoridades na última segunda, 3, e afirmou que Júlia teria comprado com receita médica o medicamento usado para envenenar o brigadeirão.

Segundo o jornal RJ1, da TV Globo, o funcionário da farmácia disse que Júlia saiu de um carro alto, prata, pelo banco do carona. Depois, ela entrou no estabelecimento e fez a compra do remédio. Os representantes da farmácia apresentaram à polícia um documento interno que comprova a compra de R$ 158 pelo medicamento. Eles prometeram levar a receita à delegacia em uma próxima oportunidade.

Não agiu sozinha

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Ainda segundo a TV Globo, a polícia acredita que psicóloga agiu a mando de Suyany Breschak, uma mulher que disse ser uma cigana e também está presa. Ela afirma que ainda teria R$ 600 mil a receber de Júlia por “trabalhos espirituais de limpeza”.

A mãe da psicóloga, Carla Cathermol, declarou à polícia que a filha havia dito que “fez uma besteira obrigada por Suyany” e que “estava sob forte ameaça de Suyany há muito tempo”.

Ela e o padrasto de Julia, Marino Bastos Leandro, foram conduzidos para a 25ª DP (Engenho Novo) na terça-feira, 4, já que não haviam comparecido espontaneamente para prestar depoimento. À polícia, a mãe disse que ela e Marino estiveram na casa da filha em 27 de maio e perceberam Júlia estava “bastante aflita e abatida”.

No entanto, a filha não dizia haver cometido crimes, mas repetia que “tinha feito uma besteira”, obrigada pela “cigana”. A mãe decidiu levá-la para Maricá, onde mora. Então, a filha teria confessado à mãe acreditar que Suyany iria matar a família toda “por meio de feitiçarias”.

Ainda de acordo com Carla, a filha admitiu ter entregado os bens do empresário para Suyany, também a pedido da suposta cigana. Uma nota da defesa de Júlia divulgada nesta quarta-feira, 5, pela TV Globo, pede “um olhar mais apurado” na “questão da religiosidade”, uma referência indireta a Suyany Breschak.

Morte por envenenamento

O empresário foi visto pela última vez no dia 17 de maio. Imagens de câmera de monitoramento do elevador do prédio em que o casal morava, no Engenho Novo, mostram os dois juntos. Em uma das imagens ele aparece com um prato de brigadeirão nas mãos. Em outro momento, o empresário não aparenta estar muito bem.

Seu corpo foi encontrado três dias depois, em avançado estado de decomposição, quando vizinhos sentiram o mau cheiro vindo de seu imóvel e acionaram o Corpo de Bombeiros. A suspeita é de que ele tenha sido envenenado ainda no dia 17. Ainda no dia 20, quando ocorreu o encontro do cadáver, Julia havia saído com malas e o carro da vítima do prédio onde moravam.

 

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