POLÍCIA
Mais de 50 celulares de presos são apreendidos no Acre e nenhum detento é punido

Segundo denúncia anônima de um servidor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a cúpula da instituição está retendo informações sobre uma operação realizada no Complexo Penitenciário da Rio Branco no último dia 19 de março e favorecendo detentos.
De acordo com a denúncia, na operação conduzida pelo Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) no Pavilhão B do Presídio Francisco de Oliveira Conde, na tarde do dia 19 de março, foram apreendidos 52 celulares. No entanto, não houve nenhuma sanção para os detentos e nenhuma divulgação da operação, em razão do grande número de aparelhos ilícitos encontrados.
Para o denunciante, o que causou estranheza foi a falta de divulgação da operação, considerando a quantidade significativa de celulares apreendidos de uma única vez. Além disso, nenhuma punição foi aplicada aos presos que tinham os aparelhos em sua posse ou em suas celas.
Prints de conversas entre o denunciante e a equipe do Na Hora da Notícia mostram a insatisfação dos servidores. Eles destacam ainda que a operação ocorreu antes da viagem de um grupo seleto de servidores da segurança pública para um curso da SWAT nos Estados Unidos e acreditam que esse teria sido o motivo para ocultar a operação, que evidenciaria a fragilidade do sistema.
“O que deixa todos intrigados é que o diretor Tiênio, junto com o diretor da URP, senhor Paraná, não aplicou nenhuma punição nem divulgou a operação na mídia. Isso revoltou os policiais do prédio, pois, para o setor de inteligência e operacional, os mesmos são vistos como corruptos, facilitando a entrada de celulares ou fazendo vista grossa. Mas a realidade não é bem essa”, diz a denúncia.
O espaço permanece aberto para qualquer manifestação por parte dos citados nesta matéria.
