POLÍCIA
Motociclista cai de moto durante a madrugada e pela manhã chama Samu para lhe atender em Rio Branco
O motociclista Julivan Almeida de Lima, 26 anos, ficou machucado após perder o controle da própria motocicleta e bater em um meio fio, na madrugada desta sábado (18), nas proximidades de um supermercado no bairro Tangará, em Rio Branco.
Segundo informações de populares, Julivan trafegava durante a madrugada nas proximidades de um supermercado, quando acabou perdendo o controle da moto e batendo no meio fio e caiu sobre o asfalto.
Na queda, o jovem acabou machucando o joelho, mesmo assim, levantou do asfalto, subiu na moto e foi para a residência dele, que fica no Loteamento Novo Horizonte, nas proximidades do Cemitério Jardim da Saudade, na parte Alta de Rio Branco.
Já por volta das 6h, o motociclista começou a sentir forte dores no joelho e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para pedir ajuda. Um ambulância de suporte básico foi deslocada até a casa de Julivan para prestar atendimento e encaminhou o rapaz ao pronto-socorro de Rio Branco em estado de saúde estável. Segundo os socorristas, o homem teve uma luxação no joelho.
Os critérios do Samu são bem claros para a sociedade, e algumas vezes até os próprios médicos se atrapalham a regulação das ocorrência. Ainda no dia 5 desse mês, uma idosa de 78 anos, do município de Plácido de Castro precisou de um atendimento médico adequado e foi negado pela regulação médica do Samu.
No dia 5, um vídeo foi enviado à redação do Na Hora da Notícia denunciando que foi negligenciado um atendimento a idosa Maria Valdevino de Oliveira, de 78 anos, moradora da rua Juarez Távora, no Centro do município de Plácido de Castro, no interior do Acre.
No vídeo, familiares da idosa pediram socorro via 192 ao atendimento médico do Serviço de Atendimento Movel de Urgência (Samu), mas o suposto médico da regulação que atendeu a ligação negou o atendimento e o envio da ambulância que fica no hospital do município.
Na ligação, a família questiona o não atendimento e o suposto médico diz que não pode enviar a ambulância porque a idosa não possuía “critérios” para ter o atendimento. Ainda segundo a família, Maria Valdevino, de 78 anos, é hipertensa, possuí diabetes e mal de Parkinson, mesmo assim, o atendimento foi negado.
Ainda segundo a família, no momento da solicitação, o atendente, de forma irônica, chegou a afirmar que o quadro de saúde da paciente não caracterizava a necessidade do uso de uma ambulância, mesmo com a insistência de uma das filhas, afirmando categoricamente que a mãe estava com o estado de saúde gravíssimo e que seria difícil a idosa se locomover até o Hospital Dr Manoel Marinho Monte. O caso aconteceu por volta das 13h deste domingo (5). Após uma hora, a família, de forma improvisada, conseguiu levar a idosa até o hospital.
Confira a transcrição da íntegra de trecho da gravação:
[Inaudível] …
Atendente: Pois é! Mas dai, o quadro dela de agora, que está sem comer e com febre, não caracteriza necessidade do uso da ambulância!
Solicitante (Filha): Ela tinha que está morrendo, era?
Atendente: A senhora entendeu?
Solicitante (Filha): Não amigo, eu não entendi… Eu já rodei atrás de levar ela pra lá [hospital] e não consegui. A minha última opção é ligar para o SAMU e o SAMU não quer me atender?
Atendente: Pois é senhora, mas quadro de febre e ficar sem comer, não é quadro grave para uso de ambulância!
Solicitante (Filha): Ela não tá andado. Ela não tá ficando em pé. Ela não tá nem falando… Amigo, a gente precisa da ambulância. A ambulância tem que vim buscar ela. A gente não consegue levar ela!
Atendente: Não é questão de necessidade, Senhora. É questão de gravidade!
Solicitante (Filha): Claro que há necessidade amigo, ela tá passando mal aqui!
Atendente: Vocês têm que levar ela para o médico poder avaliar.
Solicitante (Filha): Amigo, essa hora só tem o hospital funcionando de emergência!
Atendente: Pois é! Mas dai, vocês precisam levar ela até o hospital. Quando a pessoa tá com febre e sem comer, não é a ambulância que leva ao hospital.
Solicitante (Filha): Amigo, a minha mãe tem 78 anos! Tú quer comparar uma idosa, com uma pessoa jovem, é?
Atendente: Não há necessidade, Senhora! Tá bom?
Solicitante (Filha): Pelo amor de Deus!
[Inaudível] …
Veja imagens do momento em que familiares, por conta própria, conduzem a idosa ao hospital.
A família da idosa argumenta que, dada a gravidade das condições crônicas que ela enfrenta, qualquer complicação poderia ser potencialmente perigosa e, portanto, a idosa deveria ter uma resposta rápida e eficaz do serviço de emergência.
Especialistas em saúde apontam que pacientes com múltiplas condições crônicas, como é o caso de Maria Valdevino de Oliveira, podem ter um risco aumentado de complicações agudas, tornando crucial o acesso imediato a serviços de emergência. A negação de atendimento em situações como essa pode resultar em consequências graves para a saúde do paciente, podendo resultar em morte.
A Central de Atendimento do Samu em Rio Branco, foi contactada para falar sobre o assunto, mas informou que a direção só atende em horário comercial. Porém, o atendente, que se identificou como médico, confirmou a solicitação de atendimento feito pela família, mas não passou maiores detalhes. Por fim, não se percebe o que é Urgência e Emergência.