POLÍCIA
MP vai investigar classificação de candidatos em concurso simplificado na saúde
O concurso simplificado organizado pela prefeitura de Rio Branco para contratação de servidores temporários para a secretaria municipal de saúde deve terminar na justiça. É que candidatos insatisfeitos com a pontuação recebida pela organização fizeram denúncia à Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
O questionamento para alguns é simples. Servidores que já estão trabalhando, com mais experiência, que foram inclusive, classificados abaixo de seus alunos. “A opinião de muita gente que recebeu nota abaixo do que merecia é de que é um jogo de cartas marcadas e a nova gestão da Semsa quer colocar seus apadrinhados. No meu caso é simples, o quesito que mais conta ponto é tempo de serviço. Quando saiu o resultado, eu fiquei zerado e pessoas que foram meus alunos e que não tem nenhuma experiência estão na minha frente”, conta um candidato que por atualmente ser servidor prefere não se identificar por medo de retaliação.
O servidor que fez o concurso para continuar mais um ano empregado conta que o processo seletivo é igual ao anterior. “A impressão que temos é que é um jogo de cartas marcadas. Só no meu setor existem outras pessoas prejudicadas. O concurso é o mesmo que fizemos antes, exigindo a mesma documentação. Anexei tudo e quando saiu o resultado eu simplesmente, assim como outros colegas, tinha zerado. Isso é vergonhoso”, conta.
A reportagem do ac24horas procurou a prefeitura de Rio Branco. De acordo com Jorge Clei Silva, presidente da Comissão Organizadora do concurso, a possibilidade é que os candidatos tenham anexado os documentos comprobatórios em local errado. “Foi percebido que vários candidatos anexaram os documentos comprobatórios solicitados em locais errados, acontecendo com isso a reprovação e a não pontuação no referido processo simplificado”, explicou.
Os candidatos não se conformam. “Esperamos que o MPAC tome uma providência, o qual já denunciamos. O edital era praticamente o mesmo do concurso passado e se eles mesmo admitem que em vários casos a documentação foi apenas na sequência errada, o que não é justo um candidato ficar prejudicado por algo tão bobo”, diz o candidato que alega prejuízo.