O recente caso de agressão da qual teria sido vítima o indígena Mateus Ukara Kaxarari, no estacionamento da Igreja Batista do Bosque, por um segurança da própria igreja, está sendo investigado pelo Ministério Público do Acre (MPAC), pela Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos, sob a responsabilidade do promotor de justiça Tales Tranin, titular da Promotoria de Execuções Penais.
Segundo ele, o procedimento investigativo instaurado pelo MPAC, encontra-se em fase de apuração dos fatos por meio do levantamento de informações necessárias. “Ao tomar conhecimento do caso, requisitei a instauração de inquérito para apurarmos o que, de fato, aconteceu a partir de testemunhas e outras provas. Acredito que em breve teremos os elementos necessários para oferecer uma denúncia ou não por crime de injúria racial, racismo ou preconceito de etnia. Ainda estamos analisando”, explicou.
De acordo com a denúncia do estudante de odontologia e indígena, Mateus Ukara Kaxarari, ele estaria colocando o cadeado na bicicleta, no estacionamento do templo evangélico, para participar do culto quando recebeu um tapa nas costas desferido por um homem identificado como segurança do local. Em seguida, ele teria apontado uma arma para ele o seus primos que o acompanhavam no momento das agressões.
“Voltando da faculdade, eu e meus primos fomos para a igreja. Entrando lá, procuramos uma árvore para colocar as bicicletas e acabamos colocando em um coqueiro, já que não tinha um local adequado. Fiquei aguardando e só senti o cara me dar uma pancada nas costas e sacar a arma. Não estávamos fazendo nada e ele ficou só nos acusando a mim e aos meus primos”, relatou ou jovem às autoridades policiais.
O fato foi registrado na Delegacia de Polícia Civil do Tucumã, uma vez que a igreja localiza-se na esquina da Estrada do Calafate com a Via Verde.
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