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POLÍCIA

‘Muita angústia’, diz professora presa por engano enquanto dava aula

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Uma professora de matemática foi solta, na sexta-feira (1º), após ficar oito dias presa por engano no Rio de Janeiro. Samara de Oliveira, 23, recebeu voz de prisão no momento em que dava aula em uma escola de Rio Bonito, na região metropolitana.

Samara foi acusada de participar de um crime de extorsão em São Francisco, no interior da Paraíba, em setembro de 2010 — ou seja, o crime investigado aconteceu quando ela tinha 10 anos apenas.

Em entrevista à Record Rio, a professora relembrou o momento da prisão. Samara disse ter recebido uma ligação da polícia, falando sobre uma intimação, e informou o local onde estava.

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Com a chegada dos agentes, ela soube que se tratava de um mandado de prisão por um crime de extorsão na Paraíba:

“Eu falei que não sabia nada disso. Eles estavam em um carro da Polícia Civil. Mesmo assim, achei estranho e pedi a identificação deles. Achei que fosse um sequestro”, contou.

A professora chegou a argumentar que nem sequer havia viajado para aquele estado, mas acabou sendo levada para o presídio de Benfica, na capital fluminense.

Ao dar entrada no sistema prisional, ela teve acesso a mais detalhes do processo, inclusive a data em que o crime havia sido cometido.

Durante o período em que ficou presa, Samara chegou a dividir a cela com outras 20 pessoas. Ela relatou como foram aqueles dias.

“Muita angústia. Eu ficava desesperada e preocupada [sem saber] se conseguiria ver a minha família, o meu filho. Queria saber como todos estavam, e eu não tinha notícia de nada. É muito difícil ficar totalmente isolada, pedir ajuda e não conseguir”, desabafou.

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Apesar de estar cuidando da recuperação ao lado da família, a professora disse ter receio de reviver o trauma.

“Aos poucos, [vou] tentar assimilar o que aconteceu. Porque eu ainda acho que, em algum momento, pode acontecer alguma coisa e, de repente, aparecer alguém para me levar de novo”.

O que dizem as autoridades sobre a prisão da professora
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) informou que apenas cumpriu o mandado de prisão preventiva da Justiça da Paraíba e, depois, a expedição do alvará de soltura.

A Polícia Civil do Rio também orientou que os esclarecimentos fossem solicitados à Justiça da Paraíba.

A Justiça da Paraíba não se pronunciou até o momento.

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