POLÍCIA
Mulher dada como morta reaparece depois de cinco anos para evitar perder a própria casa

June Ashimola, de 55 anos, está vivendo uma história digna de filme. A mulher foi dada como morta em fevereiro de 2019 depois que ela viajou para seu país Natal, a Nigéria. No entanto, ela foi vítima de um fraudador chamado Tony Ashikodi, que se aproveitou de sua ausência para emitir uma falsa declaração de morte de June e uma procuração sobre a casa dela em Londres.
De acordo com o Daily Mail, em outubro de 2022, a procuração foi dada a uma mulher chamada Ruth Samuel em nome de Bakare Lasisi, que alegava ter casado com June em 1993. Contudo, o juiz do caso constatou que este marido nunca existiu.
June apareceu de surpresa, para mostrar que está viva, durante um julgamento no qual se discutia a posse de sua casa. O imóvel foi avaliado em 350.000 libras esterlinas (cerca de R$2,6 milhões).
“A Sra. Ashimola saiu do Reino Unido em direção à Nigéria por volta de outubro de 2018 e não retornou desde então. Este julgamento envolve alegações abrangentes de fraude, falsificação, representação falsa e intimidação”, disse o juiz.
Por problemas no visto, a mulher não conseguiu comparecer ao tribunal presencialmente. Contudo, o magistrado afirmou que acredita que a mulher esteja realmente dizendo a verdade. Ele também checou a foto do passaporte que ela apresentou.
O juiz concluiu que Tony Ashikodi orquestrou a fraude e tentou enganar o tribunal. O homem já havia sido preso pelo mesmo crime em 1996. Com a decisão, a procuração falsa foi anulada e June continua dona de sua propriedade na Inglaterra.
“Concluo que a Sra. Ashimola está viva e que a certidão de óbito foi falsificada e/ou obtida, produzida ou inventada de forma fraudulenta. Sua suposta morte foi parte das tentativas do Sr. Tony Ashikodi de arrancar o controle da propriedade dela. Concluo que a Sra. Ashimola não era casada com o Sr. Lasisi e que a certidão de casamento é um documento inventado ou fraudulento por esses motivos”, finalizou o magistrado.
