POLÍCIA
“Na realidade era um saco de pancadas de Xapuri”, diz irmã de homem morto por policial militar

Adenilsa Ferreira Nunes, irmã do homem assassinado por um policial militar lotado no município de Xapuri, contou a sua versão dos fatos que envolve seu irmão Adelson Ferreira Nunes, o “Dunga”, de 42 anos, que foi morto com três tiros por um policial militar após um suposto ataque contra um idoso.
“O que estão classificando com uma ação policial legítima, não passa de um covarde e brutal assassinato. O meu irmão já estava baleado sem ação e sem reação nenhuma quando recebeu mais dois tiros de pequena distância. Espero que o Ministério Público intervenha no caso, do contrário, o policial que cometeu um assassinato vai posar de herói por ter matado um homem indefeso. Toda a versão foi montada para livrar a cara do verdadeiro acusado. Não houve nenhuma reação. Na realidade, meu irmão foi morto quando saía de um bar”, disse Adenilsa.
Conforme informações da mulher, o irmão era alcoólatra e por vezes causava problemas às pessoas, porém, nada de grave, pelo contrário, ele quem sofria com a violência, pois já tinha tido os solados dos pés queimados, unhas arrancadas e sofrido inúmeras agressões físicas. “Na realidade era um saco de pancadas de Xapuri”, frisou.
Já de acordo com a versão dada pelo comando da Polícia Militar, Adelson Ferreira estava embriagado quando usou um terçado para tentar matar o idoso João Rinaldo Alves Mais, de 63 anos, fato ocorrido no bairro da Sibéria.
O Policial Militar J.Carlos, que mora na região, foi acionado para tentar controlar a situação. Ao abordar o acusado que estava portando uma arma branca, investiu contra o mesmo, que para se defender sacou de sua arma e fez dois disparos contra o mesmo, que ficou no local e foi levado para o hospital da cidade. Adelson morreu no dia seguinte aos fatos.
Porém, a versão de Adenilsa, é que eles estão mentindo, já que na realidade Adelson teria sido morto covardemente. “O J. Carlos” matou por perversidade, pois meu irmão já havia sido baleado e não tinha nenhuma condição de reagir, quando ele se aproximou e fez mais dois disparos de pequena distância, o que provocou a morte. Não estou aqui acusando ninguém, quero apenas que seja feita justiça, e que o Ministério Público acompanhe tudo de perto, e que tudo seja devidamente esclarecido”, concluiu a irmã em luto.
