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POLÍCIA

Namorada virtual é mentora de triplo assassinato, diz investigação

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A recente tragédia no Rio de Janeiro, onde um adolescente assassinou seus pais e irmão, chocou o país e expôs a sinistra influência de uma namorada virtual. A investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), em conjunto com a Polícia Civil do Mato Grosso, revelou um caso de manipulação e planejamento frio, onde a jovem de 15 anos, namorada do adolescente, atuou como mentora do crime.

A relação começou virtualmente, há anos, quando ambos tinham apenas 8 anos. A distância e a natureza virtual do relacionamento parecem ter intensificado a dependência emocional do adolescente, tornando-o vulnerável à influência da jovem. O desejo de conhecê-la pessoalmente no Mato Grosso, inicialmente negado pelos pais, se transformou no estopim da tragédia. As investigações apontam que a adolescente deu um ultimato: se ele não matasse a família, ela terminaria o relacionamento.

O plano era meticulosamente arquitetado. A princípio, a jovem queria apenas a morte dos pais do adolescente, mas depois extendeu o plano para incluir a avó dele e a própria mãe. Inicialmente relutante em matar o irmão de 3 anos, ela acabou cedendo, mostrando a frieza e a capacidade de manipulação presentes em suas ações.

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O que mais choca é a reação da jovem após os assassinatos. As mensagens trocadas com o adolescente revelam uma frieza assustadora. Ela considerou a ação do rapaz como uma “prova de amor”, reforçando a manipulação e a falta de remorso. Isso demonstra uma capacidade perturbadora de desconsiderar a gravidade do ato cometido e a vida humana perdida.

A apreensão da jovem de 15 anos ocorreu na terça-feira (1º), dias após o crime. Durante o depoimento, segundo relatos, ela não demonstrou arrependimento, segurando um ursinho de pelúcia enquanto alegava ter sido coagida pelo namorado. No entanto, as evidências obtidas pela polícia, principalmente as mensagens trocadas entre o casal, desmentem essa alegação, colocando em xeque sua versão dos fatos. A mãe da jovem, inicialmente descrente, só se convenceu da participação da filha ao ver as provas apresentadas pela polícia.

Este caso levanta sérias questões sobre o impacto das relações virtuais, especialmente em adolescentes. A vulnerabilidade, a imaturidade e a busca por aceitação podem tornar jovens vítimas de indivíduos manipuladores. A frieza e a falta de remorso demonstradas pela jovem acusada reforçam a necessidade de maior atenção e conscientização sobre os perigos da manipulação online e a importância da saúde mental e do apoio familiar. A tragédia serve como um alerta sobre a necessidade de prevenção e intervenção em casos de violência e comportamento agressivo, especialmente entre jovens.

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