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POLÍCIA

“Não foi um racha”, diz dono de Mercedes que arrancou perna de mulher

Publicado em

Carlos André Pedroni de Oliveira, o motorista do carro que causou o acidente que terminou com uma mulher perdendo a perna em Alphaville, negou que estivesse participando de um racha no momento da batida.

Em entrevista coletiva realizada no início da noite desta quarta-feira (22/5), o motorista esclareceu algumas questões ligadas ao acidente, mas não respondeu nenhuma pergunta dos repórteres da 2°DP de Barueri.

Oliveira disse que não estava embriagado e ainda afirmou que “surpreendentemente” não viu as vítimas no momento do que chamou de acidente: “Não foi um racha”.

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Antes de ser questionado sobre não ter prestado socorro no local, Carlos disse que chegou a parar sua Mercedes-Benz para ver o que tinha acontecido, mas por conta de um “sequestro sofrido recentemente” teve receio de continuar no local e fugiu.

O motorista do carro de luxo disse, ao final do pronunciamento, que o foco agora é localizar e dar apoio às vítimas e que tenta digerir o que aconteceu.

Em nota à imprensa, a defesa de Carlos André reforçou que ele não havia ingerido bebida alcoólica e tampouco estava participando de um racha. Segundo seus advogados, o motorista do Mercedes “foi surpreendido pelo impacto enquanto dirigia”.

“Carlos se dirigiu até sua residência e, na manhã seguinte, ao tomar conhecimento das notícias sobre o acidente, imediatamente se colocou à
disposição das autoridades policiais e prestou todos os esclarecimentos necessários”, diz a nota.

Atropelamento

Segundo a polícia, Carlos André dirigia um Mercedes-Benz na Alameda Rio Negro, em alta velocidade, e atingiu a traseira do mototáxi de Arlison da Silva Correia, de 32 anos, que fazia uma corrida de aplicativo. O impacto foi tão violento que a passageira do veículo, Maria Graciete Alves Araújo, de 36, perdeu a perna esquerda na hora.

Testemunhas disseram à polícia que dois carros de luxo disputavam um “racha” quando um deles atropelou a moto. Ainda consciente, Arlison afirmou aos guardas civis que atenderam a ocorrência que se lembra apenas de ter “sentido uma forte batida”. Ele teve hemorragia no cérebro e, assim como Maria Graciete, ficou internado na UTI do Hospital Geral de Barueri.

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Segundo a Prefeitura de Barueri, a mulher sofreu amputação traumática, está lúcida e sendo acompanhada por uma psicóloga. Já Arlison teve um traumatismo craniano, mas apresenta boa evolução e deve ter alta ainda nesta quarta-feira.

A administração municipal informou, ainda, que a velocidade máxima permitida na Alameda Rio Negro é de 40 km/h. Sobre o serviço de mototáxi, a prefeitura esclareceu que não há uma regulamentação específica para o transporte por aplicativo em Barueri.

Carro abandonado

O carro de Carlos André, que estava acompanhado da companheira, foi abandonado no estacionamento de uma igreja. O responsável pelo local afirmou à polícia que a mulher atendia pelo nome de “Juliana”. O veículo foi apreendido pela Guarda Civil de Barueri.

O caso foi registrado pela Polícia Civil como disputa de racha, lesão corporal, omissão de socorro e fuga. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que foi solicitada perícia para o local do acidente.

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