POLÍCIA
Neto do assassino de Chico Mendes e foragidos de Mossoró tem uma parceria perigosa em organização criminosa
Artur Ramoile Alves da Silva e Silva, de 34 anos, tem uma vida marcada por crimes hediondos, tanto cometidos por ele mesmo quanto por pessoas próximas. Ele é neto do fazendeiro Darly Alves, condenado por assassinar o ambientalista Chico Mendes. Além disso, Artur também teve envolvimento na disseminação da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no Acre, de acordo com informações do site Metrópoles.
Dentro da facção, Artur é conhecido como Russo e é o oitavo membro batizado (filiado) do CV no estado. Seu padrinho dentro da facção é o criminoso Deibson Cabral, conhecido como Tatu, de 33 anos, um dos foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) nesta semana. Cada membro batizado na organização criminosa possui um “padrinho”, que é um criminoso já estabelecido na facção e que endossa a entrada do novo membro.
Um relatório de inteligência do Ministério Público do Acre, ao qual a reportagem teve acesso, descreve Artur Ramoile como um “importante integrante” do CV. O relatório também revela que Russo apadrinhou a entrada de outros membros na facção, contribuindo para o crescimento da organização criminosa. Essas informações são baseadas em documentos do Comando Vermelho encontrados no celular de um membro do grupo. O Ministério Público considera Deibson e Artur como fundadores da facção criminosa no Acre.
Ambos foram condenados por organização criminosa devido ao seu envolvimento com o CV. Desde a adolescência, Russo acumula casos de latrocínio, assassinatos, assaltos e tentativas de fuga do sistema prisional, onde ele permanece detido.
A reportagem também menciona que o fazendeiro Darly Alves e seu filho foram condenados em 1990 pelo assassinato de Chico Mendes, ocorrido em 1988. Darly foi apontado como o mandante do crime, enquanto seu filho foi o executor. O fazendeiro era conhecido por ser um grileiro na região. A mãe de Artur é filha de Darly.
Chico Mendes era um ambientalista e ativista, reconhecido internacionalmente. Darly e seu filho chegaram a fugir da prisão em 1993, mas foram recapturados em 1996. O fazendeiro nega ter cometido o crime e alega ter sido injustiçado.