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POLÍCIA

No Acre, uma mulher é ameaçada a cada 4 horas; 197 delas sofrem perseguição do ex-companheiro

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Cresceram muito no Acre entre 2021 e 2022, duas modalidades de violência contra a mulher, a ameaça e o stalking (perseguição).

No ano passado, 2.494 mulheres sofreram algum tipo de ameaça. Em 2021, foram 1.883, aumento de 31,1%, segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública desse ano.

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O Acre é o 2.º em ameaças a mulheres, perdendo apenas para o vizinho Amazonas, onde essa violência de gênero cresceu 64,4%.

A cada quatro horas uma mulher é ameaçada no Acre, situação que se soma ao stalking, crime que se expande também no mundo digital. Essa violência saiu de 127 casos para 197 ocorrências no período em questão.

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Em 2022, 245.713 mulheres registraram boletim de ocorrência para agressões ocorridas no ambiente doméstico ou dele decorrente em todo o País. Isso significa dizer que, diariamente, 673 mulheres se deslocaram até uma delegacia de polícia para denunciar um episódio de violência doméstica, crescimento de 2,9% em relação aos registros do ano de 2021.

O número de ameaças também apresentaram crescimento e resultaram em um total de 613.529 registros, o que significa um aumento de 7,2% em relação a 2021. A ameaça é uma das formas de violência psicológica que o agressor pode exercer sobre a mulher, causando dano emocional e mantendo-a sob seu jugo por medo. Já a violência psicológica enquanto tipo penal foi tipificada em 2021 e resultou no registro de 24.382 boletins de ocorrência, com taxa de 35,6 mulheres por grupo de 100 mil (considerando que oito UFs não enviaram os dados sobre o crime).

Mais um crime tipificado recentemente é a perseguição, prática também conhecida como stalking, que resultou em 56.560 casos de mulheres vítimas em 2022, uma taxa de 54,5 por 100 mil. O monitoramento desta modalidade criminal é fundamental, dado que o stalking é fator de risco para a ocorrência de feminicídios. Em uma pesquisa realizada na Austrália e que envolveu a análise de 141 feminicídios e 65 tentativas de feminicídio, os autores verificaram que 76% das vítimas de feminicídio e 85% das vítimas de tentativa de feminicídio sofreram perseguição do agressor nos 12 meses que antecederam a ocorrência.

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Mesmo a perseguição no mundo digital tem sido apontada como fator de risco para a violência letal contra mulher, indicando que a tecnologia facilita o controle e uma violência onipresente contra a mulher brasileira.

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